Uma operação integrada entre as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará resultou na prisão de Júlio Martins da Silva, conhecido como Merrão, considerado um dos principais líderes do tráfico de drogas em Belo Horizonte. Investigações apontam que ele vinha expandindo suas atividades para o estado do Pará. Merrão foi detido em um restaurante na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, enquanto estava hospedado em um hotel de luxo com vista para a praia na Avenida do Pepê.
Merrão, que estava foragido com um mandado de prisão em aberto, foi encontrado portando documentos falsos no momento da abordagem. Segundo as autoridades, ele é classificado como "de alta periculosidade" e possui vínculos com a facção criminosa Comando Vermelho. No Rio, ele mantinha base no Complexo do Alemão, na Zona Norte.
Tráfico e documentos falsos
A prisão foi realizada na Rua Olegário Maciel, como parte da Operação Escobar, que cumpriu o mandado de prisão condenatória pelo crime de associação para o tráfico de drogas. Merrão também foi autuado em flagrante pelo uso de documentos falsos.
Em Minas Gerais, ele é apontado como o principal fornecedor de maconha para a região metropolitana de Belo Horizonte e, com sua aliança com chefes do Comando Vermelho no Pará, buscava expandir as rotas do tráfico para o norte do país.
A operação contou com a participação de agentes da Diretoria de Polícia Especializada (DPE) do Pará, da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (DEPATRI) de Minas Gerais, além das 16ª e 64ª DPs do Rio de Janeiro e da Subsecretaria de Inteligência da PCERJ.