Garota que fingiu estar morta e foi jogada em rio ainda tem medo e busca nova casa

A queda foi de dez metros de altura e Jeniffer acusa o ex-namorado de tê-la espancado

Garota fingiu de morta | Globo.com
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As escoriações e dores no corpo não são as únicas marcas da violência sofrida pela adolescente Jeniffer Santos Costa de Souza, de 15 anos, que foi atirada de uma ponte no interior de São Paulo, no sábado (29). Com medo, a menina não dorme direito e a família dela quer mudar de endereço.

A queda foi de dez metros de altura e Jeniffer acusa o ex-namorado de tê-la espancado e jogado no Rio Capivari, em Monte Mor, a 117 km de São Paulo. Para se salvar, ela se fingiu de morta. ?Senti que estava mais salva dentro do rio do que no carro?, afirmou ao G1, na noite de quarta-feira (2).

?Eu ainda sinto dores no pescoço, nas costas?, disse a jovem, que disse ter namorado o rapaz de 18 anos por ?um mês e meio?. Ele e o tio estão presos. Os dois a teriam forçado a entrar em um carro, onde começaram as agressões. O motivo seria ciúmes.

Foi justamente dentro do veículo, enquanto levava socos e puxões de cabelo, que ela teve a ideia de se fingir de morta .

Mesmo ouvindo os homens dizer que pretendiam atirá-la da ponte, Jeniffer permaneceu em silêncio. ?Só pensava em chegar em casa e contar para minha mãe?, conta ela, sem esconder o rancor que tem do ex-namorado.

?Ele sabia que eu não sabia nadar. Achei que nunca fosse fazer isso?. O crime ocorreu por volta de 19h30 e, no escuro, já dentro da água, Jeniffer relata que tirou a blusa para dar a impressão de que seu corpo flutuava e ficou quieta, esperando os supostos agressores saírem. Depois, subiu em um barranco e buscou ajuda na estrada ali perto.

De mudança

Com medo, a família da garota, que mora em Indaiatuba, cidade vizinha, quer se mudar do bairro Morada do Sol. ?Quero sair daqui o mais rápido possível. O olhar deles é feio. Estão com raiva?, diz Elisângela Santos Costa de Souza, 28, mãe da adolescente. Segundo ela, o olhar atravessado parte dos parentes do ex-namorado da filha. Eles moram ?a duas casas? da dela.

Elisângela lamenta a mudança repentina na rotina. ?Meu marido não está indo no trabalho porque procura uma casa nova e minha filha não vai mais à escola. Acho que a ficha dela ainda não caiu. Não dorme à noite. Está na casa da tia porque tem medo?. Evangélica, a mulher diz ter uma só explicação para a coragem de Jeniffer. ?Deus estava com ela dentro daquele carro?.

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