Um homem de 59 anos, não identificado, foi preso sob suspeito de assassinar uma vizinha, de 29 anos, após supor que ela teria furtado o botijão de gás de sua residência, em Goiânia. O crime ocorreu em outubro de 2023, e, após permanecer oculto por três meses, o suspeito foi localizado em Teresina de Goiás, na região nordeste do estado.
O assassinato aconteceu em 26 de outubro, no setor Garavelo, e a prisão do homem ocorreu no último domingo (28). Ele foi interrogado, mas optou por permanecer em silêncio.
O caso está sob investigação do delegado Carlos Alfama, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH). Alfama revela que o suspeito e a vítima foram vizinhos por aproximadamente um ano antes do ocorrido e não tinham histórico de desentendimentos. No entanto, a mulher era usuária de drogas.
"Ele a matou porque suspeitou que ela teria roubado um botijão de gás e outros utensílios domésticos de sua casa", afirma o delegado.
O delegado explica que, ao perceber o desaparecimento dos itens, o suspeito pegou uma faca de cozinha e saiu de casa à procura da vítima. "Ele a encontrou em uma praça e a esfaqueou várias vezes", conta. Alfama destaca que a vítima faleceu no local, deitada em um banco da praça.
Imagens de câmeras de segurança mostram o homem perseguindo a vítima em uma rua. A mulher caminha ao lado de seu parceiro, e o suspeito, vestido de verde, surge atrás do casal. Em determinado momento, o homem corre em direção ao casal e, conforme relato do delegado, ataca a mulher com a faca.
A polícia realizou buscas na casa da vítima, mas não encontrou o botijão de gás nem os itens que desapareceram da residência do suspeito. Portanto, o delegado acredita que ela não tenha cometido o furto. "Ela era usuária de drogas, e ele acreditava que ela tinha roubado sua casa", completa Alfama.
Após o crime, o suspeito fugiu e permaneceu escondido. Durante as buscas, a polícia recebeu informações de que ele estaria morando em Teresina de Goiás. "Acompanhamos suas movimentações, e, após três dias de buscas na cidade, conseguimos localizá-lo e prendê-lo", afirma Alfama.
O suspeito foi submetido a uma audiência de custódia, mas, de acordo com o delegado, optou por permanecer em silêncio. "Ele não confessou e ficou em silêncio. Agora, permanece detido", conclui Alfama. O investigador acrescenta que o homem enfrenta acusações de homicídio qualificado por motivo fútil, podendo ser condenado a até 30 anos de prisão.