Kelver de Miranda, de 32 anos, conduzido à delegacia na última segunda-feira (11) após agredir uma menina negra de apenas 4 anos e a diretora da Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, em Campo Grande (MS), tem publicações de caráter racista em suas redes sociais. A violência foi motivada porque a criança abraçou o filho do agressor, que não se agradou, segundo a Polícia Civil.
INVESTIGAÇÃO: A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, até o momento, não vê indícios de racismo. Durante as eleições em 2018, o homem compartilhou uma foto com duas impressões com imagens de uma bandeira nazista e uma arma, em que a legenda dizia: "Morte à negrada" e "Bolsonaro presidente".
COMO OCORREU: Na manhã de segunda-feira (11), às 7 horas, Keler estava do lado de fora da escola acompanhando a entrada do filho, quando viu uma menina abraçando o garoto. Ele pediu às profissionais próximas que interviessem, pois o filho tem fobia de abraços.
Quando não recebeu ajuda, Keler entrou na escola e empurrou a diretora que tentou impedi-lo de avançar, além de afastar a criança de 4 anos de seu filho, também empurrando-a. Ele então apontou o dedo para a criança, dizendo algo não identificado.
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Depois de levar seu filho para fora, Keler decidiu retornar, afirmando ter "repensado sua atitude", conforme relatado à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA). Na sala da diretora, ao ver que ela estava registrando o ocorrido, instruiu seu filho a bater em qualquer criança que se aproximasse dele.
“Os pais não querem mais (a filha na escola) se o acusado foi capaz de agredir por um abraço, não sabemos do que mais seria capaz”, informou uma das advogadas de defesa da vítima, Flávia Heloisa.