Investigado por 20 mortes: quem era Faustão, miliciano morto no Rio de Janeiro

Faustão ocupava uma posição de liderança na organização e estava envolvido em diversas atividades criminosas

Miliciano morto no Rio | Reprodução
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O miliciano Matheus da Silva Rezende, de 25 anos, conhecido como Faustão, morto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23), era detentor do título de sobrinho de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia da zona Oeste do Rio.

Matheus ocupava uma posição de liderança na organização e estava envolvido em atividades criminosas, incluindo extorsão, receptação, corrupção ativa e homicídios. "Há rumores de que ele estava sendo treinado para suceder Zinho", afirmou o governador Cláudio Castro (PL), que elogiou a atuação da Polícia durante uma entrevista coletiva.

Segundo apurações da Polícia Civil, durante pelo menos três meses, ele vinha estabelecendo laços mais estreitos entre a milícia e a maior facção de traficantes do estado, o Comando Vermelho (CV). Seu intermediário nesse contato era Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, que foi morto pela facção por participar do assassinato de quatro médicos na orla da Barra da Tijuca no início de outubro.

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Faustão era um homem de confiança na milícia desde a época em que Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko e irmão de Zinho, liderava a organização. Assim como seu tio, Faustão preferia portar um fuzil AK-47. Segundo informações do G1, a família depositava tanta confiança nele que lhe foi confiada a tarefa de levar Ecko para o local onde deveria se esconder da polícia. No entanto, Ecko foi descoberto e acabou sendo morto.

Com Zinho assumindo o controle da milícia, Faustão se tornou um dos principais membros do grupo, frequentemente envolvido em confrontos com outras facções em disputas territoriais. Ele está sob investigação por seu envolvimento em cerca de 20 homicídios de outros criminosos. Além disso, Faustão foi acusado de planejar o assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Federal possui informações, obtidas durante um inquérito que investiga as atividades da milícia na região, indicando que Matheus Rezende, conhecido como Faustão, figura como uma das principais lideranças da quadrilha e é apontado como o sucessor natural de seu tio.

De acordo com as investigações da PF, fica evidente que a palavra final pertence a Zinho, sendo Faustão um dos poucos que possui acesso direto a ele. Nas investigações, foi observado que Rodrigo dos Santos, também conhecido como Latrell, e Faustão discutiam o plano da "velha guarda" da milícia para assassinar Zinho.

Conforme apurado pelos investigadores, o planejamento ocorre no interior do complexo penitenciário de Gericinó, envolvendo André Malvar, Luciano Guinâncio Guimarães e Julio Cesar Ferraz de Oliveira, conhecido como Passarinho, que mantêm contato com Jerominho e seu irmão, Natalino José Guimarães.

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