Justiça determina: pai e madrasta acusados de matar Ian vão a júri popular

Como principal linha de investigação, a polícia acredita que a mulher começou as agressões, sendo que os dois teriam participado do crime.

Ian não resistiu aos ferimentos e veio a óbito em hospital de BH | Arquivo Pessoal
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Nesta quarta-feira (12), por decisão do juiz Joaquim Morais Júnior, o pai e a madrasta que foram acusados de terem matado o pequeno Ian Henrique dos Santos, de 2 anos apenas, no mês de janeiro deste ano, vão ser levados a júri popular para julgamento.

Em sua decisão, o juiz determinou que o casal continue em prisão preventiva, tendo em visa a “a brutalidade do crime e a necessidade de pronta e severa resposta do aparato estatal a delitos dessa natureza, para coibir a reiteração criminosa”.  

O casal, Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos, e Márcio da Rocha de Souza, de 31 anos, está preso desde 9 de janeiro deste ano. Como principal linha de investigação, a polícia acredita que a mulher começou as agressões, sendo que os dois teriam participado do crime.

O menino Ian morreu depois que deu entrada no Hospital João 23, na cidade de Belo Horizonte. Ele   ficou internado e veio a falecer por não resistir aos ferimentos. O pai levou a criança que apresentava vários ferimentos na área da cabeça e rosto até o Hospital Risoleta Neves, localizdo na região Norte da capital mineira. No local, ele chegou a sofrer duas paradas cardiorrespiratórias e depois transferido para o Hospital João 23, onde morreu.

De acordo com informações, a médica que fez o primeiro atendimento no Hospital Risoleta Neves desconfiou da versão que o pai apresentou, pois relatou que o menino havia caído e batido a cabeça no chão da cozinha da casa onde moravam. Por descordar, decidiu acionar a Polícia Militar. O pai de Ian já estava com policiais no momento que a mãe e avó materna da criança foram ao pronto-socorro.

O laudo aponta que Ian foi vítima de traumatismo craniano que teria sido provocado por uma barra de ferro ou de madeira. Todavia, não seria a primeira vez que o menino tivesse sido vítima de agressão, isso porque a mãe da criança teria registrado um Boletim de Ocorrência contra o ex-marido, denunciando a violência no ano passado. Conforme o advogado da mãe de Ian, o caso jamais foi investigado.

 

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