A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga possíveis indícios de que Fabiane Oliveira, que morreu afogada após o carro em que ela estava não parar em cima de uma balsa e afundar em um rio, na cidade de Mato Queimado no dia 26 de agosto deste ano, tenha sido assassinada, e não vítima do ocorrido.
No dia em questão, Fabiane estava com o marido no carro. O casal faria a travessia em direção a Guarani das Missões, no entanto, o veículo avança em direção à balsa, ingressa na embarcação, mas, em vez de parar sobre ela, continua em movimento, caindo no rio. Em poucos segundos, o veículo afunda por completo. O marido estava na direção, e conseguiu se salvar.
"Estamos até o presente momento com fortes indícios de que possa ter havido um feminicídio e tentativa de homicídio. Isso somente pode ser alterado se acaso houver uma conclusão por parte da perícia de que o veículo tenha apresentado algum problema de aceleração", explica o delegado Afonso Stangherlin, responsável pela investigação.
Câmeras de segurança registraram todo o momento. Informalmente, o motorista (marido da vítima) disse que não conseguiu parar devido a problemas mecânicos no veículo. Segundo o delegado, não há um prazo para a conclusão da perícia.
"Pelo que se apurou, ele passou acelerando pela barca. Não parou. Alegou que o veículo apresentou problemas e teria trancado a aceleração. Então, exceto se de fato a perícia constatar problema mecânico no veículo, há possibilidade de indiciamento pelo feminicídio. Até pelo fato de estar embriagado e estar dirigindo", afirma o delegado.
A análise está sendo investigada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Ainda não é possível afirmar em detalhes a motivação do suspeito para cometer o crime, nem a causa real da morte. Testemunhas estão sendo ouvidas a fim de chegar a uma conclusão.