O inquérito que apura a facada dada ao Presidente Jair Bolsonaro em 2018 por Adélio Bispo foi reaberto pela Polícia Federal. O órgão investiga se houve participação de terceiros no ataque.
Após a facada, a 3ª Vara de Juiz de Fora (MG), cidade onde ocorreu o fato, autorizou a quebra do sigilo bancário de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defendia Adélio na época. Autorizou também a apreensão do telefone, de livros-caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários do advogado.
Logo em seguida, o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) proibiu a quebra de sigilo e o acesso aos dados de Zanone. No começo deste mês, o Tribunal voltou atrás e permitiu a análise dos dados.
Os filhos e apoiadores do presidente Bolsonaro sempre perguntaram nas redes sociais quem seriam os possíveis mandantes do ataque. O 1º inquérito sobre o caso foi concluído em setembro de 2018 e considerou que Adélio agiu sozinho no momento e que a motivação teria sido “indubitavelmente política”.
Investigação
Em maio de 2020, a Polícia Federal concluiu seu 2º inquérito sobre a facada. Segundo o órgão, Adélio agiu sozinho, por iniciativa própria, sem mandantes e ajuda de terceiros.
A PF não comprovou a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime.
O advogado Frederick Wassef, que representa Bolsonaro, afirmou no começo de novembro ter provas de que a facada foi financiada pela esquerda e que Adélio Bispo “não é louco” –ele foi considerado inimputável pela Justiça.
Segundo Wassef, foi encomendada a morte do presidente da República e que Adélio é um assassino profissional cooptado para assassinar o presidente Jair Bolsonaro. "Adélio Bispo agiu sozinho, não é louco e existem fortes indícios de que a esquerda brasileira encomendou a morte do presidente Jair Bolsonaro”, disse o advogado.