PM é acusado de agredir pais de criança em hospital na Barra da Tijuca

No registro em vídeo feito por testemunhas presentes no local, é possível observar Viviane tentando intervir na briga para separar os envolvidos.

Momento em que policial está agredindo casal | Arquivo pessoal
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Na noite do dia 8 deste mês, um policial militar agrediu um casal com socos, tapas e chutes no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As vítimas, Francisco Borges e Viviane Magalhães, registraram um boletim de ocorrência sobre o caso apenas nesta quarta-feira.

Segundo relato de Francisco, ele e a esposa levaram o filho de 3 anos para ser atendido após o menino cair de uma escada e sentir muita dor na perna. Ao chegarem ao hospital, o menino precisou fazer um exame de raio-X. Após receber o resultado, Francisco tentou entregar o exame aos médicos, mas não os encontrou, pois estavam atendendo pacientes internados. Ele deixou a radiografia em uma sala com os enfermeiros.

Segundo relato de Francisco, o médico informou que o raio-X havia sumido e se recusou a realizar outro exame devido aos riscos da radiação em crianças. Em seguida, os profissionais de saúde propuseram uma cirurgia na perna do filho de Francisco para colocar o osso no lugar, com pinos e outros procedimentos. 

Francisco, desesperado, recusou a cirurgia sem o raio-X e afirmou que não deixaria o procedimento ser realizado. Ele se angustiou com a dor e a recuperação que seu filho poderia enfrentar. Quando Francisco se recusou a deixar seu filho realizar a cirurgia, uma discussão começou com os médicos defendendo que a criança precisava do procedimento. Foi quando o policial militar, identificado como Leonardo Pinto de Aguiar, apareceu e iniciou as agressões.

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Francisco relata que ele não estava totalmente fardado, vestindo apenas uma camisa verde, e imediatamente começou a agredi-lo enquanto Francisco segurava o filho no colo. A criança havia quebrado o fêmur e estava sendo cuidada pelos pais no momento da agressão. 

"Nisso, minha esposa tirou o meu filho dos meus braços e o policial continuou me batendo muito", acrescentou Francisco.

No registro em vídeo feito por testemunhas presentes no local, é possível observar Viviane tentando intervir na briga para separar os envolvidos. No entanto, ao tentar defender o marido, ela recebe um soco no rosto e é derrubada no chão. Apesar da violência sofrida, ela se levanta e continua tentando acalmar a situação.

Viviane relata: "Eu não queria tirar meu filho do colo do meu marido, pois já tinha percebido a crueldade do policial, mas acabei fazendo isso por pressão, com medo de que ele machucasse meu filho. Depois disso, ele rasgou a camisa do meu marido, deu chutes e socos em seus braços e costas. Ele insultou meu marido com palavras ofensivas, e a confusão começou".

Ela continua: "Eu fui tentar separar a briga porque estava vendo a covardia que estavam fazendo com o meu marido. Quando cheguei lá, ele me deu um soco no rosto, agarrou meu cabelo e me jogou no chão com tanta força que eu bati a cara no chão. Eu ainda tentei me levantar para separar a briga novamente, pois ele ainda estava agredindo, até que os policiais da 16ª DP chegaram".

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