Nesta quinta-feira (5), a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação que investiga suspeitos de movimentar R$ 170 milhões, onde R$ 4 milhões foram movimentados apenas no DF. A movimentação milionária foi realizada com o tráfico de drogas no Brasil em apenas 3 anos. A polícia trabalha com a suspeita de que o grupo usava empresas fantasmas e laranjas para lavar o dinheiro.
Como forma de ocultar os valores, o grupo suspeito realizava a compra de carros de luxo e imóveis, que foram apreendidos na primeira fase da operação. Ao todo 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Brasília, Sorocaba (SP), São Paulo (SP), Pau dos Ferros (RN), Arapiraca (AL), Salvador (BA), Anápolis (GO) e Aragarças (GO).
De acordo com a Polícia Civil, as empresas que serviam de fachada lavavam o dinheiro e faziam a aquisição de drogas nas regiões de fronteira entre Brasil e Bolívia. Ainda conforme a corporação, o sistema ainda selecionava “cidadãos comuns”, que se tornavam laranjas. Elas eram instruídas a irem a bancos, onde recebiam quantias de dinheiro e realizavam o depósito nas contas das empresas fachada.
Além das ordens de busca e apreensão, as autoridades também bloquearam as contas bancárias de 12 empresas e 21 indivíduos. A operação foi realizada pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).
Segundo as investigações, a organização estava participando do transporte de grandes volumes de cocaína da fronteira do país para o Distrito Federal. Na ocasião, o sistema judiciário também ordenou o bloqueio de cinco propriedades e 20 carros de luxo, que supostamente foram adquiridos para dissimular os ganhos obtidos ilegalmente.