Polícia investiga morte de bebê após receber dipirona injetável

A bebê Ayslla Helena de apenas 5 meses, teve insuficiência respiratória e choque séptico após receber o medicamente dipirona injetável.

Bebê de cinco meses morreu após injeção de dipirona no músculo | Reprodução - Foto: Arquivo Pessoal
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Nos últimos dias a Polícia Civil de Goiás está investigando o óbito de uma bebê de apenas 5 meses. A criança identificada como Ayslla Helena Souza Lopes, teria falecido após receber uma injeção de dipirona em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada em Trindade, município de Goiás. A família da bebê relata que a menina havia sido diagnosticada com a doença mão-pé-boca, um tipo de bactéria que causa feridas e bolhas nas regiões das mãos, pés e na boca.

Ayslla foi diagnosticada com bactéria mão-pé-boca/Reprodução: Arquivo pessoal

Após três visitas à UPA, a criança faleceu na segunda-feira (7/8). Os parentes informam que, após o diagnóstico, a médica teria prescrevido uma injeção, porém durante o atendimento, a enfermeira responsável por atender a criança não conseguiu encontrar uma veia adequada para aplicar o medicamento e então optou por injetar no músculo, a pedido da médica e da família. Apesar disso, a aplicação no músculo acabou resultando em uma ferida no local da injeção.

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A mãe explicou durante entrevista à TV Anhanguera, que a enfermeira consultou a médica antes de administrar a injeção de medicação, com autorização da doutora, porém o procedimento foi realizado numa região acima de onde realmente deveria ter sido feita. “A enfermeira pegou a receita e perguntou à médica se poderia aplicar a injeção de forma intramuscular; a doutora autorizou e ela deu. Só que foi muito em cima da região que era pra fazer”, explicou a mãe.

De acordo com um boletim médico, Ayslla veio a óbito por insuficiência respiratória e choque séptico algum tempo depois de receber a medicação. O documento sugere que a injeção teve participação na causa da morte. A delegada Cássia Borges, responsável pela investigação, afirmou que o corpo da bebê passará por uma perícia. A mãe da criança, Andréia Lopes, desabafou emocionada, à TV Anhanguera: “A única filha que eu tenho se foi por negligência médica. Eu quero justiça. Minha filha era só um bebê”.

Em comunicado, a Prefeitura de Trindade afirmou que está conduzindo uma investigação interna para esclarecer eventuais erros, afirmando que possa ter havido algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e ao modo de administração de medicamentos”. Além disso, o órgão também relatou que a equipe envolvida no caso foi afastada de suas funções na UPA 24h até que todos os detalhes sejam devidamente apurados.

 

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