Nesta quarta-feira (21), durante a operação de busca pelos fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a Polícia Federal deteve um homem com mandado de prisão, suspeito de ter colaborado na fuga dos detentos. As autoridades já consideravam a possibilidade de que a dupla tenha recebido assistência externa, o que levou ao cerco realizado em Baraúna, também no Rio Grande do Norte, no mesmo dia.
O suspeito está programado para comparecer a uma audiência de custódia nesta quinta-feira (22). Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Deisinho, têm conexões com o Comando Vermelho (CV), de acordo com as investigações.
A busca pelos dois detentos chegou ao nono dia nesta quinta-feira (22). Segundo agentes que atuam na área operacional, as equipes trabalham em um raio de 15 km, com o empenho integrado de todas as forças de segurança federais e estaduais. Parte da região de Baraúna está incluída nesse raio.
Policiais têm enfrentado diferentes desafios na operação, como buscas em cavernas e matas, presença de animais peçonhentos e chuvas frequentes. Novos policiais têm chegado quase todos os dias à região. Já são cerca de 500 envolvidos, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Na segunda (19), o ministro autorizou o emprego de mais 100 homens da Força Nacional nas buscas.
Uma portaria publicada na quarta-feira (21) autoriza o uso da Força Penal Nacional na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Essa foi mais uma medida tomada pelo governo para reforçar a segurança do local. A investigação aponta que os dois fugitivos usaram uma barra de ferro retirada da estrutura da própria cela para escavar o buraco da luminária pelo qual conseguiram escapar.
Ao adentrarem em um shaft (espaço ao lado das celas destinado à manutenção do presídio, onde estão localizadas máquinas e tubulações), alcançaram o teto do sistema prisional, que não tinha grade, laje ou um sistema de proteção. Segundo o ministro da Justiça disse em entrevista coletiva, o presídio estava passando por uma reforma interna, havendo operários e ferramentas que possivelmente estavam espalhadas e ao alcance dos fugitivos. Na sua visão, as ferramentas não estavam devidamente acondicionadas.
(Com informações da FolhaPress - Raquel Lopes)