PRF desarticula grupo criminoso que vendia CNH digital falsificada no RS

Os responsáveis pelo esquema criminoso anunciavam em grupos de aplicativos de mensagens

PRF desarticula grupo criminoso que vendia CNH digital falsificada no RS | Reprodução
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A Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul, desarticulou um esquema criminoso de emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa, depois de um motorista abordado em Barra do Ribeiro, Região Metropolitana de Porto Alegre, apresentar o documento falso e logo em seguida ser preso.

Os responsáveis pelo esquema criminoso anunciavam em grupos de aplicativos de mensagens os serviços de confecção rápida do documento falso, as informações foram confirmadas pela PRF.  

Conforme relato policial, os fraudadores compartilham modelos de documentos com os interessados durante as conversas por aplicativo. A falsificação da CNH digital é comercializada por valores variando entre R$ 75 e R$ 200. Uma vez produzida, a habilitação irregular é disponibilizada em um aplicativo específico fornecido pelos estelionatários. 

Importante ressaltar que esse aplicativo utilizado na fraude não está disponível nas lojas oficiais dos sistemas operacionais de celulares. No entanto, aqueles que adquirem documentos falsos correm o risco de terem seus dados apropriados pelos golpistas, como alerta o especialista em tecnologia Ronaldo Prass.

"O grande problema de você baixar um aplicativo desses é que todos os dados que você fornece ficam expostos, ficam vulneráveis para os criminosos. Você deixa o celular completamente vulnerável e todas as operações que você faz ali, podem ser coletadas", adverte Prass.

Por tratar-se de  uma atividade fraudulenta da operação onde havia ausência do cumprimento das etapas legais necessárias para a emissão da habilitação, os dados dessa pessoa não são registrados no sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Infração gravíssima

A infração porconduzir com habilitação falsificada é categorizada como infração gravíssima, acarretando em uma multa de R$ 293 e sete pontos na carteira. Segundo Thiago Machado Delabary, delegado Regional de Polícia Judiciária, a penalidade é a mesma tanto para aqueles que fabricam documentos falsos quanto para os que os utilizam, resultando em uma pena de 2 a 6 anos de reclusão.

Quanto ao sistema oficial de dados do Detran RS, há a afirmação de que o sistema é seguro, e não existem registros de invasões.

"O aplicativo (do Detran) inviabiliza fraudes, ele possui requisitos de segurança onde há o confrontamento de informações a todo instante com a base nacional de habilitados. Fora esse sistema, há risco de coleta e vazamento de informações. Não é aconselhável ao cidadão utilizar qualquer outro aplicativo pra acessar a sua carteira digital", garante Fábio Santos, diretor-técnico do Detran RS.

(Com informações do G1)

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