Na manhã deste domingo (15), um turista russo, identificado como Konstantine Glazkov, de 32 anos, ficou ferido durante um assalto que ocorreu no Centro do Rio de Janeiro. No momento do crime, ele estava acompanhado de uma ucraniana, esposa dele, identificada como Viktoriia Zorina, 29 anos, o casal estava em um trecho da Avenida Chile quando foram rendidos pelos criminosos.
Uma equipe do 5° Batalhão da Polícia Militar (Praça da Harmonia) conseguiu localizar e deter uma mulher suspeita de envolvimento no crime. A faca utilizada no assalto foi apreendida. Conforme informações da Polícia Militar, o turista foi socorrido por policiais do programa Segurança Presente e levado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, localizado no Centro. Ele recebeu alta por volta das 11h40.
Funcionários da unidade de saúde relataram que os estrangeiros estavam apressados, pois tinham planos de deixar o Rio ainda no mesmo domingo. A ocorrência foi registrada na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat).
O casal decidiu se mudar para Dubai há um ano devido ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A mudança foi motivada pelo medo de Konstantine ser convocado para o exército russo. Viktoriia Zorina, que trabalha como aeromoça, compara a violência no Rio de Janeiro aos últimos momentos vividos na Ucrânia.
Aqui (no Rio) não tem nenhuma guerra, diferentemente da Ucrânia, onde todas as cidades estão destruídas. Vemos lindas praias, pessoas passeando normalmente com os cachorros e, repentinamente, a nossa vida fica em perigo. Meu marido quase morreu e não foi em um campo de batalha. Isso é muito mais difícil. Ele deixou a Rússia porque não queria lutar contra os ucranianos. Ele tinha medo de ser convocado ou terminar preso por apoiar a Ucrânia — explica a mulher.
Após o incidente criminoso, o casal expressou seu receio em retornar ao Rio de Janeiro. Viktoriia menciona que inicialmente optarão por destinos considerados "mais seguros". Contudo, ela está considerando realizar uma nova viagem em alguns anos para transformar a experiência em algo positivo.
É difícil dizer se voltaríamos depois de tudo o que aconteceu. Por agora, vamos priorizar cidades com lindas paisagens também, mas que sejam mais seguras. Pode ser que daqui a alguns anos, quando passar esse sentimento de insegurança. As pessoas aqui são muito amáveis e receptivas — destaca Zorina.
COM INFORMAÇÕES DO PORTAL EXTRA