Após descoberta de minuta, situação de Mauro Cid se agrava na visão da CPMI

O ex-funcionário de Jair Bolsonaro tinha permissão de acionar as Forças Armadas em nome da GLO

Mauro Cid se tornou prioridade à CPMI após novas descobertas da PF | Adriano Machado/Reuters
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Nesta quinta-feira (08), a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 08 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSB-MA), afirmou que o tenente-coronel Mauro Cid deve ser prioridade da bancada diante das novas descobertas da Polícia Federal.

Após a divulgação da apuração e revelação da PF de uma minuta que cita a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no celular do ex-assessor de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o depoimento de Cid foi escalado para ser um dos primeiros prestados.

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“Vamos trabalhar para ele vir primeiro ou imediatamente após o ex-ministro da Justiça Anderson Torres”, afirmou Eliziane.

A situação do coronel Cid se complicou diante das denúncias de que havia, em seu celular, um documento, datado ainda na gestão Bolsonaro, que lhe possibilitava acionar as Forças Armadas em nome da GLO.

A CPMI volta a se reunir na próxima terça-feira (13). Há pelo menos 13 requerimentos em pauta para serem esclarecidos pelo ex-assessor. Um deles contém a assinatura da relatoria da comissão.

As solicitações variam entre convite e convocação. Se chamado, Mauro Cid, em tese, deve comparecer. Porém, se a defesa argumentar judicialmente que o assessorado não é obrigado a prestar depoimento, Cid pode deixar de ir ou comparecer para ficar em silêncio.

No atual contexto do caso, o tenente-coronel não é declaradamente considerado um investigado pela bancada, estaria na condição de testemunha. Embora haja entendimento de tribunais superiores apontando que testemunhas são obrigadas a comparecer em comissões parlamentares de inquérito, há lacunas que permitem dar chances delas faltarem.

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