Após onda de desfiliação, Valdemar apela a criar 'PL Pet' para manter poder

As rachaduras variam do nacional ao regional, impulsionando mais parlamentares a deixarem o partido

Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro | Divulgação/PL
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O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, revelou planos para o lançamento de dois novos núcleos na legenda: o "PL Pet" e o "PL 60+". O primeiro, dedicado às questões relacionadas a animais de estimação, e o segundo focado na filiação de brasileiros com mais de 60 anos de idade.

O "PL 60+" é o que está mais próximo de ser lançado, com a previsão de inauguração marcada para o dia 21 de novembro. O deputado federal Lincoln Portela (PL-MG) assumirá a presidência desse novo núcleo, que visa atrair a participação e filiação de pessoas na faixa etária acima dos 60 anos.

É relevante destacar que o público com mais de 60 anos representa uma das principais bases eleitorais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas eleições de 2022, Bolsonaro obteve vitória em todas as dez cidades brasileiras que possuem uma concentração significativa de eleitores acima dos 60 anos durante o segundo turno.

Onda de desfiliação

O Partido Liberal (PL), que há um ano ostentava a maior bancada na Câmara dos Deputados, enfrenta um movimento de debandada motivado por aproximações com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disputas internas voltadas para as eleições municipais de 2024. Até o momento, cinco deputados federais já deixaram o partido ou estão em negociações para a desfiliação, seguindo um caminho também considerado por lideranças regionais da legenda.

Na semana passada, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) engrossou a lista de possíveis saídas. Encorajado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que prevê que seu aliado terá sucesso na eleição à prefeitura de São Paulo, Salles buscou autorização de Valdemar para trocar de partido. Embora Valdemar apoie o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo, ele não descarta uma saída amigável para Salles.

Rachas regionais também estão impulsionando bolsonaristas sem mandato a deixar o PL. No Amazonas, o coronel Alfredo Menezes, amigo de Bolsonaro e candidato ao Senado em 2022, avalia migrar para Republicanos, PP ou Novo para concorrer à prefeitura de Manaus, após desentendimentos com aliados de Valdemar. Na Bahia, a médica bolsonarista Raíssa Soares, cotada para concorrer em Porto Seguro, acumula atritos com o ex-ministro João Roma, que lidera o PL no estado.

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