Na última sexta-feira (20), durante sua participação em uma conferência em Paris, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, foi aconselhado pelo ex-presidente francês Nicolas Sarkozy a considerar uma candidatura à Presidência da República. No entanto, como era esperado, Barroso rejeitou categoricamente essa possibilidade.
Ao elogiar o discurso de Barroso durante a conferência, Sarkozy afirmou: "O presidente da Suprema Corte fez um discurso incrível. O senhor está pronto para uma nova presidência, uma outra presidência. (...) Foi um discurso excelente, eu entendi tudo. Trata-se de um discurso de orientação política, muito mais do que um discurso de orientação jurídica, muito interessante".
Esta não foi a primeira vez que Barroso enfrentou tal sugestão. Em 2018, antes da eleição que levou Jair Bolsonaro (PL) à Presidência, especulações surgiram sobre Barroso ser uma alternativa moderada e capacitada para a corrida presidencial polarizada. Na época, o ministro respondeu com uma parábola que costuma utilizar, destacando a importância do equilíbrio na vida.
"Nem em sonho ou pesadelo. Eu gosto de usar uma parábola, que é a do equilibrista. A gente na vida está sempre se equilibrando. A cada passo. Não importa se você está no palco ou na plateia. Viver é se equilibrar a cada passo. Às vezes, a plateia pode achar que você está voando. Não há muito problema nisso, pois a vida é feita de certas ilusões. Mas o equilibrista tem que saber que ele está se equilibrando. Porque se ele achar que está voando, ele vai cair. E na vida real não tem rede. Eu sou equilibrista e não sei voar", afirmou.
Após a sugestão de Sarkozy na sexta-feira, Barroso reiterou que concorrer à Presidência não é uma hipótese que passe por sua mente.
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