Após a vitória de Javier Milei na Argentina, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou aos seus assessores que estará presente em sua posse, agendada para o próximo dia 10. Segundo fontes próximas ao ex-presidente, Bolsonaro já havia acordado com o líder ultradireitista Milei sua participação na cerimônia, juntamente com seu filho Eduardo, que mantém uma proximidade com o presidente recém-eleito e visitou a Argentina durante a campanha.
Embora Bolsonaro ainda não tenha parabenizado Milei diretamente pela vitória, ele utilizou suas redes sociais para expressar sua mensagem: "Parabéns ao povo argentino pela vitória com @JMilei. A esperança volta a brilhar na América do Sul. Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós".
A possibilidade da presença de Bolsonaro na posse de Milei já estava contemplada nos informes internos do Itamaraty, apresentados ao presidente Lula, considerando um cenário de vitória do candidato da aliança A Liberdade Avança. "Não se pode descartar que Jair Bolsonaro seja convidado para eventual posse de Milei", afirma o documento preparado pela equipe do Itamaraty para o chanceler Mauro Vieira e para Lula. Segundo o informe, emissários de Milei conversaram com diplomatas brasileiros em Buenos Aires, indicando que, se eleito, não retiraria a Argentina do Mercosul, contrariando suas declarações de campanha.
Lula, por sua vez, manifestou-se no Twitter desejando "sorte ao novo governo", sem citar o nome de Milei. "A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito", escreveu Lula. "O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos".
No entanto, interlocutores próximos a Lula afirmam que ele ainda não teve contato direto com Milei, e a probabilidade de sua presença na cerimônia de posse é considerada remota, especialmente se Bolsonaro estiver presente.
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