Na tarde deste sábado (07), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, em uma rede social, sobre a declaração de guerra entre Israel e Hamas. Segundo ele, o Brasil "não poupará esforços" para evitar a escalada do conflito no Oriente Médio entre israelenses e palestinos.
Durante a manhã de hoje, Israel foi surpreendido com um ataque islâmico, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos. O conflito se concentra principalmente na parte sul do país e resultou em quase 300 pessoas mortas e outros milhares de feridos.
“Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, declarou o presidente Lula.
Após o ataque surpresa, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o grupo que governa a Faixa de Gaza "pagará um preço sem precedentes" pela sua ofensiva militar. Segundo os serviços de emergência, até as 13h deste sábado (no horário de Brasília) ao menos 298 pessoas tinham morrido, sendo 100 óbitos em Israel e 198 na Faixa de Gaza. Havia, ainda, outros milhares de feridos.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores já havia emitido nota condenando os ataques e informando a convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU – que em outubro é presidido pelo Brasil, membro rotativo do colegiado.
"O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz", diz o comunicado do Itamaraty.
Complementando, o presidente Lula reforçou o posicionamento internacional para uma possível negociação. O vice-presidente Geraldo Alckmin também repudiou os ataques, e pediu que seja, imediatamente, retomado as conversas de paz na região.
“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, disse Lula.
"Repudio os ataques aéreos e terrestres, com relatos de sequestros de civis, vindos de Gaza contra o território do Estado de Israel. Os ataques devem cessar imediatamente, como pede o posicionamento do Itamaraty. A retomada das conversas pela paz na região é fundamental. Meus sentimentos aos familiares das vítimas", escreveu em seu perfil no