Renan Calheiros (MDB-AL) classificou como "lixo" projeto de lei que protege políticos de "discriminação" e que foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados. Além disso, criticou a autora do texto, Dani Cunha (União Brasil-RJ), e o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL). A declaração fez com que diversos parlamentares repudiassem Renan por meio de uma nota.
O documento de repúdio foi assinado pelos líderes: Felipe Carreras (PSB-PE), Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Adolfo Viana (PSDB-BA), Fred Costa (Patriotas-MG), Alex Manente (Cidadania-SP), André Figueiredo (PDT-CE), André Fufuca (PP-MA), Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Luis Tibé (Avante-MG) e Altineu Côrtes (PL-RJ).
“A lei Dani/Lira é um lixo legislativo. Não há hipótese de passar no Senado Federal. Só faltou mudarem o plenário da Câmara de Ulysses Guimarães para Eduardo Cunha. É o desenrolar do Lira. Inacreditável o apoio do MDB e PT”, escreveu o parlamentar emedebista no Twitter.
A matéria, que repudia a fala de Renan, foi aprovada em votação relâmpago. No texto, os líderes afirmam que o senador reduz a atuação do Congresso a uma disputa regional, colocando "seus interesses acima dos interesses da nação". O parlamentar tem políticas rivais das de Arthur Lira. Eles ocupam cargos públicos filiados a partidos com ideologias conflitantes, e apoiaram diferentes candidatos nas eleições de 2022.
“Discursos vazios, pobres em soluções e ricos em frases de efeito, em busca de ‘likes’, só servem àqueles que se beneficiam de um modelo de país em que as instituições trilham caminhos opostos, gerando consequências nefastas ao nosso povo. É irresponsável um parlamentar proferir palavras vazias e odiosas sem qualquer prova”, diz um ponto da nota.
Atritos
Recentemente, Renan Calheiros classificou Arthur Lira como um "mau exemplo" e o acusou de dar calotes financeiros e de agredir a ex-esposa. O presidente da Câmara rebateu as falas e disse que o problema do rival "é psiquiátrico".