Faltando apenas 48 horas para a sabatina do ministro Flávio Dino (Justiça) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, agendada para esta quarta-feira (13/12), ele e seus aliados estão intensificando as articulações, especialmente com membros da oposição que são contrários à sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo principal dessas conversas não é apenas conquistar votos, considerados difíceis em alguns casos, mas construir um ambiente mais harmonioso para a sessão no colegiado.
Até o momento, nove dos 27 membros da CCJ não divulgaram publicamente seus votos, enquanto seis se declararam contra a indicação de Dino e 12 a favor. No total dos 81 senadores, 35 estão indecisos, 21 afirmaram que votarão contra, e 25 se posicionaram favoravelmente à chegada de Dino ao STF.
Dino e seus aliados concentram esforços nos blocos de senadores indecisos e contrários à indicação. Emissários de Dino procuraram o líder do PL, Carlos Portinho (RJ), durante o fim de semana, embora o encontro não tenha ocorrido. Outro alvo da tropa de Dino em busca de votos é o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), opositor ferrenho que ainda não revelou sua posição.
Davi Alcolumbre garimpando votos favoráveis a Dino
Segundo pessoas próximas ao ministro da Justiça, esses contatos visam suavizar os embates esperados durante a sabatina na CCJ. O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), é um dos nomes que vem trabalhando a favor de Flávio Dino.
O ministro terá compromissos nesta terça-feira (12), na reta final da busca por apoios, participando de uma reunião com a bancada do PSD na Casa pela manhã. À noite, a ex-senadora Kátia Abreu oferecerá um jantar para Flávio Dino e Paulo Gonet, com a presença de senadores de diferentes legendas.
Após a sabatina, os membros da CCJ votarão a favor ou contra as indicações para o STF e a PGR feitas pelo presidente. No entanto, a decisão final cabe ao plenário do Senado, que precisa aprovar as indicações com maioria simples, ou seja, 41 votos.
Na semana passada, o relator da indicação de Dino, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), apresentou parecer favorável, destacando o currículo do indicado e sua reconhecida trajetória nos poderes da República. O relator de Paulo Gonet, o senador Jaques Wagner (PT-BA), também deu parecer favorável, destacando a afinidade intelectual e moral do indicado para o cargo de PGR.
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