Com STF e PGR em jogo, Dino e Gonet começam a costurar apoio no Senado

Para serem empossados, os indicados precisam conquistar o voto favorável de, no mínimo, 41 dos 81 senadores

Paulo Gonet, Lula e Flávio Dino | Ricardo Stuckert/PR
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Faltando menos de duas semanas para as sabatinas, o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), e o subprocurador-geral da República, Paulo Gonet, estão mobilizando esforços para angariar apoio entre os senadores para suas respectivas indicações ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR). As nomeações foram feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última segunda-feira (27) e agora aguardam aprovação do Senado, que realizará as sabatinas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 13 de dezembro.

Antes de serem votadas no plenário principal, as indicações precisam ser aprovadas pela CCJ. O processo requer, no mínimo, 41 votos favoráveis. Em busca de apoio, Flávio Dino já se reuniu com o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e teve encontros com o relator de sua indicação na CCJ, o senador Weverton (PDT-MA). Além disso, participou de um jantar com senadores promovido pelo líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

O subprocurador Paulo Gonet, indicado para chefiar a PGR, está iniciando seus encontros para buscar apoio. Na manhã desta quarta-feira (29), reuniu-se com o líder do PSD na Casa, Otto Alencar (BA), e à tarde terá sua primeira reunião com o relator de sua indicação, o senador Jaques Wagner (PT-BA), visando à construção do relatório.

A expectativa é que os pareceres dos senadores Weverton e Jaques sejam apresentados na próxima semana. Jaques Wagner, líder do governo no Senado, expressou otimismo quanto à aprovação dos nomes indicados por Lula, destacando que a base aliada ao Planalto está comprometida em angariar votos para Dino e Gonet.

"Agora, não posso adivinhar, não tenho bola de cristal. Vamos trabalhar o tanto que for necessário. Os dois candidatos têm que fazer a sua romaria. São 81 votos. Como todo candidato, eles têm que pedir votos", afirmou o senador.

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