O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece a exigência de diversas informações dos candidatos a cargos públicos, incluindo gênero, identificação étnico-racial, profissão e uma lista detalhada de seus bens. Com base nestes dados, foi constatado que Airton Garcia, do PL, prefeito de São Carlos (SP), assume novamente a posição de prefeito mais rico do país, com um patrimônio avaliado em R$ 440 milhões.
A extensa lista de bens declarados por Garcia abrange propriedades como fazendas, sítios, terrenos, cotas de shopping e diversos outros investimentos, superando ligeiramente o valor declarado em 2016, quando já detinha o título de prefeito mais rico.
Na segunda posição encontra-se Vittorio Medioli, prefeito de Betim (MG), com um patrimônio superior a R$ 351,7 milhões, majoritariamente composto por cotas de empresas. Antidio Lunelli, do MDB, que ocupava a terceira posição entre os prefeitos milionários, deixou o cargo em Jaraguá do Sul (SC) no ano passado ao ser eleito deputado estadual, possuindo agora R$ 351 milhões distribuídos entre aplicações e fundos de ações.
Dentre as capitais, Fuad Noman, prefeito de Belo Horizonte (MG), é o mais rico, apresentando um patrimônio de R$ 15.691.848,94. Já Cinthia Ribeiro, do PSDB, prefeita reeleita de Palmas (TO), ocupa a segunda posição entre as capitais, com um patrimônio de R$ 2,2 milhões. Álvaro Costa Dias, do MDB, prefeito reeleito de Natal (RN), é o terceiro mais rico entre as capitais, declarando possuir R$ 1,9 milhão.
O Portal do TSE disponibiliza o DivulgaCandContas para obter informações sobre os bens declarados nas eleições. Neste sistema, é possível pesquisar o patrimônio dos candidatos por região, cargo e nome do candidato. As declarações de bens abrangem propriedades próprias, participações em empresas, saldos em contas-correntes, ações em bolsa e outras aplicações.
A consulta aos bens declarados oferece aos eleitores a oportunidade de analisar a evolução patrimonial dos políticos em cargos públicos, permitindo comparações com eleições anteriores. Recentemente, o Plenário do TSE determinou que os dados de patrimônio dos candidatos permaneçam públicos, mesmo em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), garantindo a transparência no processo eleitoral.
Com base nas informações fornecidas pelo TSE, observa-se a presença de prefeitos com patrimônios substanciais, enfatizando a importância da análise desses dados pelos eleitores para uma escolha consciente de seus representantes. A divulgação dessas informações contribui para a transparência e para a construção de uma sociedade mais informada sobre seus líderes políticos.