Vencedor do leilão da rodovia Transcerrados, o Consórcio Grãos do Piauí pretende investir mais de R$ 200 milhões para os dois primeiros anos, tendo como prioridade as obras de pavimentação para melhorar o fluxo da rodovia.
Em entrevista exclusiva ao Portal e Jornal Meio Norte, o diretor de planejamento estratégico da SIMPAR, Antônio Barreto, diz que ainda há uma série de processos administrativos até que o contrato seja assinado e a Grãos do Piauí possa assumir, de fato, a concessão. "Depois desses trâmites, iniciaremos as obras propriamente ditas na rodovia", diz.
Antônio Barreto pontua que a expectativa é extremamente positiva para esse projeto. "A PPP foi muito bem estruturada, com um contrato que dá segurança jurídica suficiente para uma parceria pelos próximos 30 anos. O Estado do Piauí e a SUPARC estão de parabéns por terem conseguido estruturar um projeto dessa magnitude, que é tão importante", comenta o diretor, declarando que no momento o Grupo não conta com outras rodovias em seu portfólio, portanto, a experiência com a Transnordestina é pioneira na empresa.
O diretor afirma que uma equipe da empresa analisou os 276,8 quilômetros da rodovia, constatando que a visão é muito positiva. "Existe uma oportunidade real de desenvolvimento ao longo das rodovias, e a CS Brasil, empresa da Simpar, está bem posicionada para atender a essa demanda pujante", explica Antônio Barreto.
Meta é fazer a transcerrados a rota preferida dos motoristas
Durante os estudos, a equipe verificou que grande parte dos veículos que poderiam utilizar a Transcerrados acaba optando por rotas alternativas, principalmente nos períodos chuvosos. "Nosso objetivo é, em curto prazo, ser a rota preferida pelos motoristas que trafegam pela região. Além disso, acreditamos que essa concessão tem o potencial de ser um catalisador de desenvolvimento para toda a região, facilitando o escoamento da produção atual e possibilitando o surgimento de novos polos agrícolas", declara.
Nos 30 anos de duração da execução do contrato, o diretor Antônio Barreto diz que a população do Piauí, em especial a dos municípios próximos a rodovia, pode esperar um impacto significativo nos próximos meses, com geração de empregos e renda, além de uma nova rota de escoamento de toda a produção do MATOPIBA.
"Muitos outros ganhos ocorrerão durante os 30 anos de concessão. Uma rodovia estruturada permite a instalação e desenvolvimento de empresas locais, melhorias para pequenos e grandes produtores, novas oportunidades em diferentes segmentos, tudo isso gerando impostos e melhoria da qualidade de vida dos municípios do entorno", afirma.