Uma semana antes do ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizado no último domingo (25/2) na Avenida Paulista, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e o pastor Silas Malafaia tiveram uma conversa por telefone, intermediada pelo advogado e assessor de comunicação do ex-presidente, Fabio Wajngarten. A ligação ocorreu na sexta-feira (16), na qual Gilmar expressou a Malafaia a preocupação em não "acirrar os ânimos".
Na conversa, o pastor, que organizou o ato, assegurou ao ministro que não haveria críticas ao Supremo durante o evento, exceto por suas próprias manifestações. Além disso, Malafaia antecipou a Gilmar que citaria o ministro Alexandre de Moraes em seu discurso, criticando o fato de Moraes ser o relator do inquérito que apura um suposto golpe de Estado, mesmo sendo uma das vítimas da trama.
Apesar da ligação ter sido intermediada, aliados do pastor afirmam que Malafaia mantém contato direto com Gilmar, enviando-lhe vídeos nos quais critica o STF. A interação entre ambos levanta questionamentos sobre a relação entre membros do Judiciário e lideranças políticas, especialmente em um contexto de polarização e tensões no cenário nacional.
Malafaia, durante o ato, de fato criticou Moraes, questionando a suposta imparcialidade do ministro e manifestando descontentamento com as declarações de outros membros do STF, alegando que o papel da Corte é ser guardiã da Constituição, e não combater a extrema-direita ou extrema-esquerda.
Para mais informações, acesse MeioNorte.com