CPI da Pandemia volta e vai ouvir depoimentos de Tolentino e Marconny

O depoimento de Marconny estava remarcado para o último dia 2

Ligados à Precisa Medicamentos, Marconny (à esq.) e Tolentino e não compareceram aos seus depoimentos e apresentaram atestados médicos | Reprodução das redes sociais e Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A CPI da Pandemia ouvirá nesta semana dois dos mais aguardados depoimentos, que têm relação com o escândalo da fracassada compra da vacina indiana Covaxin, com intermediação da Precisa Medicamentos. Nesta terça-feira (14), a comissão conta com a presença de Marcos Tolentino da Silva; e na quarta-feira (15), com a de Marconny Albernaz de Faria.

Tolentino é acusado de ser sócio oculto da FIB Bank, empresa que se apresentou como fiadora no contrato da Precisa. Ele seria ligado ao deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, apontado como articulador de negociações sob suspeita de irregularidades. Marconny Albernaz de Faria teria atuado como lobista para viabilizar o contrato da Precisa com o Ministério da Saúde.

Os dois convocados foram motivo de controvérsia por não terem comparecido aos depoimentos nas datas inicialmente previstas e enviado à CPI atestados médicos do Hospital Sírio-Libanês

Ligados à Precisa Medicamentos, Marconny (à esq.) e Tolentino e não compareceram aos seus depoimentos e apresentaram atestados médicos (Reprodução das redes sociais e Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Depoimentos 

Tolentino deporia no último dia 1º, mas alegou que se internara na véspera na sede paulistana do hospital, devido a um "mal-estar". Faria enviou no mesmo dia um atestado do Sírio-Libanês de Brasília, com duração de 20 dias, devido a "dor pélvica".

A "grande coincidência" dos atestados, na definição do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, levou a comissão a entrar em contato com o hospital para averiguar a veracidade das informações.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o hospital não poderia "acobertar criminosos e emitir atestados falsos" e ligou do próprio celular para a diretoria do hospital. O atestado de Marconny acabou sendo anulado pelo próprio médico que o concedeu.

O depoimento de Marconny estava remarcado para o último dia 2, mas ele não compareceu, o que levou Randolfe Rodrigues a anunciar que seria pedida sua condução "sob vara" (coerção judicial) para depor.

Ainda existe a possibilidade de alteração da pauta da CPI, com a aprovação de novos requerimentos ou o agendamento de novos depoimentos. (Fonte: Agência Senado)

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