O empresário Afrânio Euclides de Sousa foi ouvido nesta quinta-feira, 20, na CPI do Transporte Público, na Câmara Municipal de Teresina. O empresário, dono da empresa Emvipi, que faz parte do Consórcio Poty, é responsável pelas linhas da zona Norte de Teresina.
Na oitiva, o depoente apontou o poder público como o principal culpado pelo desmoronamento dos serviços de transporte coletivo, devido à falta de repasses e descumprimento do contrato.
O empresário apontou que os repasses da Prefeitura Municipal de Teresina e a pandemia acabou o transporte público de Teresina e disse que a PMT está devendo recurso do último acordo e falou que enquanto há o acordo vigente, não há o repasse mensal não repassado. "A licitação forçou a receber o passageiro e andar por Teresina e quem vai pagar a diferença", questiona o empresário.
Presidente da CPI, o vereador Dudu (PT) falou que o empresário não é criminalizado. "No entanto, quem é criminalizada e calejada e jogada aos cantos é a população sem transporte", disse.
O vereador disse que o depoente trouxe dados importantes e apresentou muitas questões à luz. "Ele colocou que o sistema está parado por falta de pagamentos e disse que as empresas se comprometeram a assinar com a realização de melhorias de sistemas, de condições contratatuais assinadas por eles", disse.
Ao longo de 5 anos já foram feitos entre 3 a 4 acordos. "Uma licitação no sexto de execução com 4 acordos judiciais. Se pagar agora, vai resolver?", questiona o vereador.
Segundo o vereador, com os depoimentos, viu a necessidade de mexer no conjunto todo dessa licitação. "Temos que pactuar para que ela seja operativa, pois pior que os empresários, é o povo que paga à vista por um transporte ruim", diz o vereador, enfatizando que vai cobrar no edital quais foram as garantias que as empresas deram e, inclusive, com a condição técnica e financeira para executar o edital, que vem sendo descumprido ao longo desses 6 anos.