Depoimento de Cid à PF se estende por 9 horas e acaba na madrugada desta terça

Este foi o sétimo depoimento do tenente-coronel à PF, sendo os mais longos em agosto de 2023, com 10 e 12 horas, respectivamente

Tenente-coronel Mauro Cid | Geraldo Magela/Agência Senado
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Na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou um depoimento que se estendeu por mais de nove horas. Iniciado às 15h desta segunda-feira (11), o interrogatório só foi encerrado na madrugada desta terça-feira (12), pouco depois da meia-noite e quinze.

O depoimento de Mauro Cid ocorreu no contexto do inquérito que investiga a possível participação de Bolsonaro, ex-ministros e militares em uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder. Cid, no entanto, não é investigado neste caso, tendo fechado um acordo de delação premiada com a PF em setembro do ano passado.

Esperava-se que o depoimento de Cid esclarecesse ou reforçasse pontos levantados pelo ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, ouvido no início de março. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o teor das declarações de Mauro Cid nesta última oitiva.

Este foi o sétimo depoimento do tenente-coronel à PF, sendo os mais longos em agosto de 2023, com 10 e 12 horas, respectivamente. Cid, que poderia ser promovido a coronel em abril, agora enfrenta a decisão da cúpula militar de mantê-lo na patente atual, devido a seu envolvimento em investigações.

POSSÍVEL PROMOÇÃO ADIADA: Apesar de cumprir requisitos de antiguidade e bravura para ser promovido, Mauro Cid pode ter sua promoção adiada. A decisão seria considerada atípica, levando em conta a necessidade de comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos em Goiânia, função da qual foi retirado no final do governo Bolsonaro.

Além disso, o tenente-coronel está afastado do trabalho em um ano crucial para seu destaque na carreira militar. Mesmo sendo alvo de investigações, Mauro Cid não foi formalmente denunciado até o momento, o que o coloca na situação de "sub judice", impedindo promoções. A PF utilizou a delação de Cid para embasar a operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, militares, ex-ministros e funcionários do governo anterior.

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