Nesta segunda-feira (18), a deputada estadual Lucinha (PSD-RJ) teve seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) alvo de mandado de busca e apreensão em uma operação conduzida pela Polícia Federal (PF). A suspeita é de que a parlamentar e uma assessora mantenham vínculos com a milícia de Zinho, responsável pelo controle da Zona Oeste fluminense. Como parte das ações da operação denominada "Batismo", o Tribunal de Justiça do estado determinou o afastamento imediato de Lucinha de suas funções.
A PF está conduzindo buscas nos endereços vinculados à deputada em Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos localizados na Zona Oeste do Rio. O total de mandados expedidos é de oito, sendo executados por uma equipe composta por 40 agentes federais.
Com o afastamento, Lucinha fica proibida de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, além de ser impedida de frequentar a casa legislativa.
Articulação política
A investigação aponta que a deputada e sua assessora desempenhavam um papel crucial na articulação política na Alerj para favorecer a milícia de Zinho. A organização criminosa é alvo de apuração por diversos crimes, incluindo organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, extorsão e corrupção.
A operação "Batismo" faz referência ao codinome "madrinha", utilizado pelos criminosos para se referir à parlamentar. Essa operação é um desdobramento da operação "Dinastia", quando a PF tentou prender o miliciano Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, que permanece foragido.
Lucinha iniciou sua carreira política nos anos 1990, sendo eleita vereadora pelo PDT no Rio de Janeiro. Com forte atuação na Zona Oeste, ela presidiu a Comissão de Saúde e liderou uma CPI que investigou a Máfia do IPTU. Em 2011, assumiu seu primeiro mandato na Alerj, onde permaneceu até o afastamento determinado pela Justiça. A PF alega que ela atuava como o "braço político" da milícia investigada.
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