Deputado desmente general Augusto Heleno sobre esquema golpista com Mauro Cid

Rogério Correia refutou o ex-ministro sobre o envolvimento de Cid em reuniões oficiais sigilosas

General Augusto Heleno - ex-ministro do GSI | ALEDF
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Nesta terça-feira (26), durante a sessão da CPMI do 8 de janeiro, ocorreu um acalorado debate entre o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, sobre a participação do ex-ajudante de ordens, ex-tenente-coronel Mauro Cid, em reuniões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com as Forças Armadas.

No início da sessão, enquanto respondia às perguntas da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Heleno afirmou que Cid não participava das reuniões com os comandantes das Forças Armadas. Essa declaração ocorreu após Cid ter afirmado, em delação premiada à Polícia Federal (PF), que Bolsonaro discutiu um plano de golpe de Estado com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.

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Heleno negou ter conhecimento sobre a reunião delatada por Cid e afirmou que o ex-ajudante de ordens não tinha participação nas reuniões dos comandantes das Forças Armadas, classificando a acusação como "fantasia".

O deputado Rogério Correia entrou no debate cerca de uma hora e meia após as primeiras declarações, quando exibiu uma foto que mostrava Heleno e Mauro Cid durante uma reunião de Bolsonaro com os comandantes das Forças Armadas em fevereiro de 2019. Correia argumentou que Cid estava presente na reunião e ouvia tudo, contrariando a afirmação de Heleno.

Imagem mostrada para refutar Augusto Heleno | Foto: Marcos Corrêa/PRHeleno reagiu afirmando que Correia estava "faltando com a verdade" e que a imagem não comprova que o ex-tenente-coronel participava das reuniões como um dos tomadores de decisões. Ele insistiu que Mauro Cid estava presente apenas como ajudante de ordens do presidente.

O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), também interveio na discussão, explicando que, assim como os assessores presentes na sessão, o ex-assessor de ordens estava na reunião, mas não ocupava o mesmo status que os ministros e o presidente, portanto, sua presença não implicava participação ativa nas decisões.

Essa troca de argumentos ocorreu em meio às investigações sobre as acusações de Mauro Cid e ressaltou as tensões em torno do tema das reuniões e das alegações de golpe de Estado no Brasil.

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