Desenrola: 2,5 milhões com dívidas de até R$ 100 poderão ser desnegativados

Essa iniciativa, que foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entrou em vigor na segunda-feira.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista coletiva sobre o 'Desenrola Brasil' | Reprodução
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que cerca de 2,5 milhões de brasileiros com dívidas de até R$ 100 poderão ter suas restrições de crédito removidas na primeira fase do programa governamental de renegociação de dívidas, chamado Desenrola Brasil. Essa iniciativa, que foi uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entrou em vigor na segunda-feira, com o objetivo de incentivar a renegociação de dívidas de pessoas físicas por meio de estímulos oferecidos pelo governo federal às instituições credoras.

Nessa etapa inicial, além de negociar débitos de uma faixa específica, os bancos que decidirem aderir à iniciativa terão a responsabilidade de "limpar o nome" de cidadãos brasileiros que possuem dívidas de até R$ 100. No entanto, é importante ressaltar que isso não significa um perdão das dívidas. Os débitos ainda existirão, mas os bancos se comprometem a não incluir os devedores em cadastros negativos.

Dessa forma, se não houver outras dívidas negativas, os indivíduos nessa situação terão seu nome "limpo" e poderão voltar a fazer compras a prazo, obter empréstimos ou fechar contratos de aluguel, por exemplo. Inicialmente, o Ministério da Fazenda estimava que 1,5 milhão de pessoas seriam beneficiadas com a remoção das restrições de crédito nessa etapa.

De acordo com Haddad, o alcance dessa medida pode aumentar com a adesão de novos bancos ao programa. A expectativa é que, com a participação dessas instituições, o número chegue a 2,5 milhões. "Na hipótese mais otimista, que é a adesão de todos os grandes bancos, poderíamos chegar a cerca de 2,5 milhões de CPFs", declarou o ministro em coletiva de imprensa realizada hoje (17).

O Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco e Santander já confirmaram que aderiram ao programa. O Nubank ainda não se pronunciou sobre sua participação, enquanto o C6 Bank informou que terá até o dia 27 de julho para se cadastrar e aderir ao programa.

O ministro da Fazenda atribuiu o aumento no número de pessoas atendidas ao ingresso do Nubank. "Se um único banco que estava em dúvida sobre aderir ou não, devido a ter poucas vantagens no crédito presumido, tem 1 milhão de CPFs negativos, o Nubank, então estamos aguardando. Se todos os grandes bancos aderirem, serão 2,5 milhões de CPFs", afirmou Haddad. O prazo para as instituições "limparem o nome" desse grupo de pessoas se encerra no dia 28 de julho.

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