Eduardo Leite admite erros em prevenções, mas nega que afrouxou legislação ambiental

Especialistas criticam as mudanças, alegando que elas diminuíram a proteção ambiental e aumentaram a vulnerabilidade do estado a enchentes

Governador Eduardo Leite no programa Roda Vida | Reprodução
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou na noite de segunda-feira (20), em entrevista ao Roda Viva, que tenha afrouxado a legislação ambiental do estado. Leite defendeu as mudanças no código ambiental, afirmando que as alterações visam ajustar procedimentos e não reduzir a proteção ambiental. "Essas narrativas, esse mundo da desinformação, usam essa afirmação, 'Eduardo Leite alterou 400 pontos das normas do código ambiental', como se isso por si só fosse condenação", declarou.

Lula em reunião emergencial com ministros e Eduardo Leite - Foto: Ricardo Stuckert/PR

480 LEIS AMBIENTAIS ALTERADAS A PEDIDO DE LEITE

Em 2020, a Assembleia do Rio Grande do Sul (ALERS) aprovou, a pedido de Leite, um código ambiental que alterou 480 normas. Especialistas criticam as mudanças, alegando que elas diminuíram a proteção ambiental e aumentaram a vulnerabilidade do estado a enchentes. Segundo os críticos, as alterações mais prejudiciais incluem brechas para uso de áreas de preservação e menor controle sobre atividades com alto potencial de degradação. As recentes enchentes no estado já causaram 157 mortes e desalojaram mais de 581 mil pessoas.

LEITE NEGA QUE FOI NEGLIGENTE

Leite rejeitou a pecha de negacionista e afirmou que erros podem ter sido cometidos, mas negou que tenham sido por negligência ou desinformação. "Estou do lado da ciência, minha atuação na pandemia é prova disso", disse o governador, enfatizando que o cuidado com as pessoas é a prioridade. Ele mencionou que havia políticas de prevenção em andamento, como a produção de modelos de comportamento dos rios, mas que ainda não estavam concluídas.

Enchentes deixam ruas e casas inundadas no RS - Foto: Reprodução

SILÊNCIO APÓS SER QUESTIONADO

Questionado sobre a proposta na Câmara dos Deputados que reduz a proteção ambiental, Leite evitou comentar diretamente, afirmando que está focado em temas locais e de reconstrução. Ele destacou que o secretário Paulo Pimenta, nomeado pelo governo federal para a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução no estado, será uma voz a mais em Brasília para defender os interesses gaúchos. Leite também afirmou que espera que Pimenta ajude a ampliar os termos da suspensão da dívida do estado com a União.

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