O programa "Notícias da Boa", apresentado pela jornalista Cinthia Lages, na Rádio Jornal 90.3 FM, promoveu nesta quarta-feira, 11 de setembro, o terceiro debate com candidatas à Câmara Municipal de Teresina. A terceira edição do projeto pioneiro contou com a participação de Márcia Vila Nova (Solidariedade), Marinalva Santana (PSOL) e Samara Pereira (PDT).
O debate proporcionou uma plataforma para que as mulheres apresentassem suas propostas em um cenário onde representam a maioria do eleitorado, mas compõem apenas 33% das candidaturas na capital piauiense.
Os temas abordados durante o debate refletiram questões cruciais para a cidade, como direitos humanos, saúde pública e educação inclusiva. Cada candidata trouxe à tona suas preocupações e soluções para problemas que afetam diretamente a vida dos cidadãos teresinenses.
FISCALIZAÇÃO
"Dói no coração ver uma mãe levar o seu filho para fazer um curativo e não ter um insumo básico; um idoso de medicamento de controle especial, não ter a medicação; um hipertenso, diabético, não ter o remédio. Eles voltam para casa com a receita na mão e sem a medicação. Ou então, às vezes, faltam médicos e o setor responsável não substitui. Se um funcionário entra de férias ou de licença, eles não mandam também (um substituto). O meu dever é fiscalizar todos esses setores, de todas as UBSs de Teresina, para não deixar faltar medicação, insumos básicos para exames, para curativos e estou de olho nesse setor porque é um setor que eu convivo sempre desde 2011 e que agora a gente se encontra num estado altamente defasado".
Márcia disse que o seu compromisso com o teresinense é 'não deixar faltar nada para todos os pacientes'.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A candidata da Federação PSOL/Rede apontou a necessidade de articulação com o Sindicato dos Servidores Municipais.
"Um dos eixos do nosso eventual mandato na Câmara Municipal é a defesa intransigente de uma educação pública, de qualidade e não discriminatória, para isso, o que vamos fazer? Primeiro, ter uma interlocução permanente com o Sindserm, que tem acúmulo nessa temática; a outra é a formação continuada de professores e professores, vamos provocar a Semec para que o Centro Odilon Nunes faça formação continuada, para que os docentes e demais trabalhadores da educação contribuam para Teresina ter uma educação inclusiva e não discriminatória".
Marinalva ainda pontou que atuará na luta pela valorização dos profissionais de ensino de Teresina.
"Vamos colocar o nosso gabinete à disposição".
DIREITOS HUMANOS
"A gente pode, por exemplo, na área do trabalho e renda, começar falando sobre a necessidade de maior inclusão no mercado de trabalho dos segmentos tidos como minorias. Mulheres em situação de violência, população LGBTQIAP+, pessoas com deficiência, pessoas negras, que existe ainda uma grande resistência em relação à inclusão desse público no mercado de trabalho, e aí, programas que sejam voltados para diversidade e inclusão é uma das propostas que a gente tem para esse fortalecimento".
Samara Pereira também destacou que buscará fortalecer o aparato público de proteção da mulher.
"Também o fortalecimento do enfrentamento à violência contra a mulher, e esse enfrentamento ele passa inicialmente pela dimensão da educação, pela dimensão da família, se estruturando a partir também das outras políticas, como a política de assistência social, que está lá junto à família e que possui toda uma equipe que também é preparada para trabalhar as questões relacionadas a essa dimensão".