Empresário revela detalhes sigilosos sobre Moro em depoimento à PF; veja!

Após entrevista, o senador negou as declarações feitas pelo delator, afirmando que elas “não possuem sustentação em provas”

Garcia antecipa acusações contra Moro nas redes sociais | Reprodução/Internet
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O empresário Tony Garcia foi às redes sociais para fazer uma antecipação das denúncias que pretende apresentar contra o senador e ex-juiz, ex-ministro da Justiça e agora senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), durante seu depoimento à Polícia Federal (PF). A autorização para o depoimento foi concedida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (05).

O caso envolvendo Garcia chegou à Corte depois que o empresário concedeu entrevistas à imprensa, afirmando que teria sido utilizado como um "agente infiltrado" por Moro para colher informações e depoimentos de forma clandestina de investigados nos processos da Lava Jato e “perseguir o PT”.

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Como resultado da divulgação desse caso no mês passado, Toffoli determinou a suspensão dos processos contra Garcia, que estavam em andamento na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato e que foi comandada pelo senador. Com essa decisão, todos os processos envolvendo o empresário foram enviados ao STF, e a 13ª Vara não poderá mais tomar qualquer decisão sobre o assunto.

Após a divulgação da entrevista do delator, Moro alegou que os relatos são "mentirosos" e "não possuem sustentação em provas".

Quem é Tony Garcia?

Ele é ex-deputado estadual do Paraná e assinou um acordo de delação premiada após ser investigado no caso Banestado por crimes contra a ordem tributária. O acordo foi firmado em 2004 pelo então juiz Sérgio Moro, que atuou no caso.

Anos depois, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a suspensão desse acordo devido a uma suposta omissão por parte de Garcia, além da reativação do processo. Segundo a defesa do empresário, em março de 2021, Garcia prestou depoimento à juíza Gabriela Hardt, que substituía Moro na época, e relatou a ocorrência de crimes cometidos pelo ex-juiz durante o andamento do processo. No entanto, em novembro de 2022, a juíza declarou a rescisão do acordo de colaboração, conforme pedido do MPF.

De acordo com os advogados, a denúncia feita pelo delator só avançou após o juiz Eduardo Appio, que foi afastado da 13ª Vara, tomar providências e enviar o caso ao Supremo.

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