Protagonizando uma série de embates polêmicos nas últimas semanas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), é o auxiliar da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais buscado no Google, principal site de pesquisas em âmbito global. Os dados são referentes aos últimos 90 dias e estão disponíveis na plataforma Google Trends, ferramenta da gigante da internet que permite acompanhar o desempenho das buscas.
Para se ter ideia, o ex-governador do Maranhão concentrou 46% das pesquisas entre os ministros no período de 13 de março a 10 de junho; na sequência aparece Fernando Haddad (ministro da Fazenda) com 25%; seguido por Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) com 13% das buscas. É interessante notar que os três são comumente citados como possíveis sucessores do atual presidente, caso ele opte ou não tenha condições de disputar a reeleição em 2026.
Confira o ranking dos mais procurados na plataforma:
1º Flávio Dino: 46%
2º Fernando Haddad: 25%
3º Geraldo Alckmin: 13%
4º Marina Silva: 9%
5º Simone Tebet: 8%
Todos os ministros mencionados estiveram envolvidos em questões de grande visibilidade até o momento, no caso de Fernando Haddad, o ministro comandou os trabalhados da proposta do novo arcabouço fiscal, ademais esteve em voga em debates como a tributação de produtos estrangeiros, a Medida Provisória da redução do preço dos carros populares, entre outros. Já Geraldo Alckimin é o vice-presidente e já assumiu a presidência numa série de ocasiões durante as agendas internacionais cumpridas pelo titular, Luiz Inácio Lula da Silva.
Por sua vez, Marina Silva liderou as discussões em torno da agenda sustentável do Brasil e o seu Ministério foi envolvido numa polêmica ao ter as atribuições "atacadas" pela Câmara Federal, que busca esvaziar a pasta no Brasil. Candidata a presidente em 2022, Marina Silva aparece na quinta posição, ela coordenou as discussões do Plano Plurianual Participativo (PPA) nos Estados brasileiros, promovendo diversas plenárias.
Vale frisar que o protagonismo conquistado por Dino, especialmente em embates com senadores de Oposição, como Marcos do Val (Podemos-ES) e Sérgio Moro (União Brasil-PR), estaria incomodando alguns aliados do presidente Lula, que observam o ex-juiz se notabilizando cada vez mais e ganhando terreno na 'disputa caseira' sobre qual político poderia substituir o petista numa eventual disputa presidencial.