O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que o recém-nomeado procurador-geral da República, Paulo Gonet, examine possíveis omissões do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19 e se posicione sobre a necessidade de uma eventual investigação contra o ex-chefe do Executivo.
Esta decisão, datada de 19 de dezembro, faz parte de um caso reaberto por determinação do decano do STF, que indicou a anulação de um parecer anterior da PGR emitido sob a gestão de Augusto Aras.
A apuração foi desagravada por Gilmar Mendes em junho de 2022. Na ocasião, o ministro anulou uma decisão da Justiça Federal de Brasília que havia arquivado parcialmente o caso.
A avaliação do decano foi a de que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello - hoje deputado federal pelo PL - seria um dos alvos da investigação e, considerando seu foro por prerrogativa de função, a investigação deveria correr junto ao STF.
A aquisição de vacinas durante o governo Bolsonaro também está sob análise da PGR, diante do desperdício de R$ 1,4 bilhão em vacinas contra a Covid-19, equivalente a mais de 39 milhões de doses que venceram sem serem utilizadas e precisaram ser incineradas. A gestão inadequada, que culminou no descarte de cerca de 5% do total de vacinas adquiridas pelo país, está sendo atribuída, por especialistas, à administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Especialistas em logística na saúde apontam que o índice de vacinas queimadas está acima do considerado aceitável, que é até 3%.
Com informações do Estadão Conteúdo