Governo do Piauí propõe alteração em alíquotas de impostos em cinco áreas

O Executivo encaminhou projeto à Alepi em que reduz impostos do gás e cesta básica; e ajustar alíquota geral do ICMS de 18% para 21%.

Governo do Piauí propõe alteração em alíquotas de impostos em cinco áreas | Reprodução/Divulgação
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O superintendente de gestão da Secretaria de Fazenda, Emílio Junior, afirmou nesta terça-feira, 06 de dezembro, que o Governo do Piauí enviou para Assembleia Legislativa mensagem para reajuste de ICMS. "Na verdade, com as leis aprovadas 192 e 194, reduzindo as alíquotas de combustível, comunicação e energia elétrica trouxeram impacto para todos os estados brasileiros de uma perda na arrecadação muito grande e no Piauí não é diferente, pois 40% da arrecadação do estado trata desses três setores e estimamos que a perda já chega a R$ 600 milhões e para próximo ano, no mínimo R$ 1,2 bilhão", disse.

Emílio Junior diz que foi feito estudo do Comsefaz para acertar uma alíquota média geral para que houvesse uma compensação dessas perdas e, segundo ele, foi admitido que para o Piauí compensar as perdas da alíquota geral teria que ir de 18% para 24%. No entanto, Rafael Fonteles teria defino em 21%.

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"Com a sensibilidade do governador eleito Rafael Fonteles, ele concordou em usar meio termo, saindo de 18% para 21%. Então o projeto encaminhado a esta Casa traz alíquota modal de 18% para 21%", explica, enfatizando que esse mesmo projeto de ajuste fiscal tributário traz três medidas altamente benéficas para população de baixa renda.

Emilio Junior explicou a proposta (Foto: Thiago Amaral/Alepi)"Primeiro deles traz redução da carga tributária para produtos da cesta básica saindo de 12% para 7%. Outro ponto dessa edição de ajuste tribitario é uma redução na aliquota do gás de cozinha saindo de 18% para 12% e outra medida bem aceita é a redução do IPVA para moto de até 150 cilindradas, ou seja, a partir de 2023, motos de até 150 cilindradas não pagarão mais IPVA, ficarão isentas", diz.

O texto foi enviado para Assembleia Legislativa na segunda-feira, 5, para ser lido nesta terça-feira. "Esperamos que os parlamentares, se possível coparticipação para aprovação de maneira urgente", falou.

O futuro secretário acredita na aprovação do projeto na Alepi. "Foi uma coisa criada independentemente da gestão estadual. O ICMS é o maior tributos do Piauí e representa mais da metade da arrecadação e teve sua alteração sem trabalhar com pensamento do estado. Você já tinha, inclusive, no PPA que vai até 2023, metas de arrecadação e despesa conforme a situação atual e ele foi cortado abruptamente e deixou os estados a buscar alternativas para isso", afirma.

O superintendente frisou também que para não pesar muito no ICMS, o projeto traz uma novidade. Trata-se da criação do fundo do agronegócio.

"Está sendo criada uma taxa para exportações, diferimento do que vai para indústria de uma taxação de todos os grãos exportados, que pode chegar a 1,64%. Como o ICMS saindo de 18% para 21%. Então uma parte dessa perda estamos criando um fundo do agronegócio que é de logística, tem uma arrecadação específica e vai ser arrecadado para ajudar na infraestrutura do setor do agronegócio do Piauí".

O superintendente diz que sem esse ajuste de 18% para 21% a administração pública fica comprometida. "Não for feito esse ajuste, praticamente as receitas estimadas em 2023 praticamente vai zerar a parte de investimentos. Outras alternativas ficarão inviáveis para o Poder público. É como se a administração pública começasse a trabalhar somente para de folha, custeio, repasse aos poderes. Então não justifica o Poder público sem investimento e sem ter uma melhoria na infraestrutura e sem ter novos avanços, inclusive, na segurança e saúde que são serviços cobrados pela população", declara.

Ele disse que outros estados podem acompanhar esses ajustes e declarou que no Nordeste praticamente todos os estados vão enviar projetos de lei para Assembleia e no Brasil também. "Isso não uma coisa particular do Piauí. É da Federação e esse fundo do agronegócio que Piauí está criando não é inventado no Piauí. Estamos copiando os estados do Norte que mexem especificamente com grãos, como Mato Grosso do Sul, modo de Goiás que já foi aprovado", afirma.

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