Ifood se manifesta após cobrança de Lula por direitos a entregadores de comida

A polêmica envolve o projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo, assinado pelo governo federal na última segunda-feira (4)

Regulamentação dos entregadores | Montagem/MeioNorte
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O diretor de políticas públicas do Ifood, João Sabino, tranquilizou a empresa em relação às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma recente declaração, pela qual cobrou negociações da plataforma de entrega. Sabino, em entrevista a Vera Magalhães no Viva Voz, declarou que não vê problema nas palavras do presidente, destacando que Lula está prioritariamente defendendo os trabalhadores, e a empresa está aberta ao diálogo com o governo federal.

A polêmica envolve o projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo, assinado pelo governo federal na última segunda-feira (4). No entanto, o texto não inclui empresas de transporte de alimentos e encomendas, como o Ifood, devido a impasses nas negociações. Sabino explicou que as divergências surgiram em relação ao modelo de previdência para entregadores, que não pode ser replicado do dos motoristas de aplicativo devido às diferenças nos ganhos nominais.

O diretor detalhou que o modelo proposto pelo governo implicava em uma tributação pelo menos o dobro da atual para os entregadores, o que seria desfavorável aos trabalhadores de menor renda. Essa proposta foi um dos principais pontos de desacordo nas negociações, segundo Sabino. Ele ressaltou o compromisso do Ifood em buscar uma regulamentação justa que inclua os entregadores na Previdência de maneira oficial, destacando que a empresa está aberta a resolver essa questão em breve.

O projeto de lei para motoristas de aplicativo propõe um pagamento de R$ 32,90 por hora de trabalho, estabelece a criação da categoria "trabalhador autônomo por plataforma", prevê contribuições ao INSS tanto dos motoristas quanto das empresas, e estabelece outras regras, como auxílio-maternidade para motoristas mulheres, jornada de trabalho de 8 a 12 horas diárias, ausência de acordo de exclusividade, e representação sindical para negociações coletivas. O texto seguirá para votação no Congresso Nacional e, se aprovado, entrará em vigor após 90 dias.

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