Imprensa internacional destaca presença de Lula na Assembleia Geral da ONU

O presidente reiterou sua liderança racional em contraste com o passado caótico que assolava o Brasil

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) | Arquivo pessoal
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ovacionado pela imprensa internacional  pela  sua participação na 78ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) realizada na sede da ONU nessa segunda-feira (18). Em contraste com a tumultuada gestão de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), Lula proclamou um "novo amanhecer" para o Brasil e a reconexão do país com o cenário internacional. As informações são do The Guardian.

Bolsonaro notoriamente usou suas aparições na ONU para empurrar remédios falsos para a Covid, bater em jornalistas e vender distorções e mentiras - comportamento que ajudou a cimentar a reputação populista como um pária internacional.

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Durante seu discurso de 20 minutos, o presidente adotou um tom lúcido e racional, em contraste com as aparições anteriores de Bolsonaro na ONU, marcadas por disseminação de desinformação e comportamento agressivo em relação à imprensa e às instituições internacionais.

Lula, que venceu por estreita margem as eleições em outubro passado, atribuiu seu retorno à presidência ao "triunfo da democracia" sobre uma era de "ódio, desinformação e opressão" no Brasil. Ele enfatizou que a "esperança prevaleceu sobre o medo" e prometeu a reconstrução e unificação da maior democracia da América Latina após anos de divisão política, culminando nos eventos de 8 de janeiro em Brasília.

"O Brasil está se reconectando consigo mesmo, com a região e com o mundo", declarou o líder brasileiro, que foi aplaudido pela audiência internacional.

O presidente também destacou os esforços iniciais de seu governo para enfrentar a crise climática e a destruição ambiental, que aumentaram durante a administração de Bolsonaro (2019-2023). Ele anunciou uma redução de 48% no desmatamento na Amazônia brasileira nos últimos oito meses.

Além disso, Lula condenou "os aventureiros de extrema-direita" que promovem "nacionalismo conservador e autoritário primitivo", recebendo apoio da plateia.

O discurso de Lula também incluiu críticas ao embargo econômico de Cuba, que foram bem recebidas pelos presentes.

Especialistas e apoiadores elogiaram o foco de Lula em questões globais prementes, como fome, desigualdade e emergência climática. O discurso histórico do presidente brasileiro foi interrompido por sete aplausos efusivos, destacando sua mensagem de retorno do Brasil à cena internacional.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente visitou 21 países como parte de seus esforços para reconstruir a reputação internacional do Brasil após quatro anos em que Bolsonaro prejudicou o respeitado serviço diplomático do país e antagonizou importantes parceiros internacionais, incluindo China, União Europeia e Estados Unidos.

A delegação brasileira na reunião da ONU incluiu mais de 10 ministros, incluindo a primeira ministra do Brasil para os povos indígenas, Sônia Guajajara; o ministro dos direitos humanos, Silvio Almeida; e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Para mais informações, acesse Meionorte.com

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