Indicação de Lula ao STF: Zanin está sendo sabatinado no Senado; assista

O advogado passará por duas votações para que seu nome seja ratificado ao cargo ministerial

Zanin deve colher maioria nas duas votações | Ed Machado
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Nesta quarta-feira (21), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado vai sabatinar e votar a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em indicar o advogado Cristiano Zanin para ocupar uma das cadeiras ministeriais do Supremo Tribunal Federal (STF).

A sabatina é uma das etapas obrigatórias para que o escolhido assuma o cargo disponível em decorrência da aposentadoria de Ricardo Lewandowski, em abril deste ano.

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O rito está marcado para se iniciar às 10h. Após a CCJ analisar se Zanin está apto a assumir a pasta, a indicação de Lula deverá ser votada no mesmo dia em plenária do Senado.

Nas indicações de ministros para o Supremo, somente o Senado analisa a escolha. O nome não passa preliminarmente pela Câmara dos Deputados.

O relator da indicação na CCJ, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) já tornou público o parecer sobre o nome de Zanin. O senador não depositou voto, mas disse que o advogado trabalha em defesa e norteado pela Constituição Federal.

"Especificamente no exercício da advocacia perante o Supremo Tribunal Federal, temos que, ao longo desses anos, o indicado Cristiano Zanin Martins teve atuação na construção e manutenção de nossa jurisprudência constitucional, por meio da subscrição de várias Reclamações Constitucionais, a fim de velar pela autoridade das decisões da Suprema Corte", declarou.

Para que Cristiano Zanin ocupe o ministério, são necessários:

Na CCJ: A maioria dos presentes devem votar favorável à indicação de Lula. A comissão é formada com, no mínimo, 14 senadores, além de 27 membros titulares.

No Senado: Zanin tem que colher ao menos 41 votos favoráveis da Casa constituída por 81 parlamentares.

As votações serão secretas. Apenas o placar geral será divulgado.

Nos três últimos rituais, os quais também foram nomes indicados, os senadores aprovaram os ministros Alexandre de Moraes (indicação do ex-presidente Michel Temer), Nunes Marques e André Mendonça (indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro).

Liturgia da CCJ

Durante a sabatina da comissão, senadores devem fazer uma bateria de perguntas sobre o currículo e a carreira do advogado, a aplicação de lei e assuntos de relevância e interesse nacional - como aborto, limites da religião dentro do meio judicial e direito da comunidade LGBTQIA+.

A reunião seguirá a as seguintes etapas:

  1. Cristiano Zanin fará uma apresentação inicial
  2. Cada congressista terá até 10 minutos para perguntar
  3. O indicado terá até 10 minutos para responder
  4. O senador poderá apresentar réplica por até 5 minutos
  5. Tréplica de Zanin terá até 5 minutos

Quem comandará a sabatina e a votação na CCJ é o presidente do colegiado e ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Respostas de Zanin às perguntas da CCJ

Agora pouco iniciou a etapa formal em que Cristiano Zanin responde as perguntas elaboradas pela bancada da comissão do Senado, o advogado afirmou que as "posições democráticas estão acima de quaisquer outros interesses".

"Tive a honra de conversar com muitas lideranças, e bancadas e senadores e senadoras individualmente. Pude ouvir, aprender e ter a certeza de que posições democráticas estão acima de quaisquer outros interesses", declarou durante a fala de abertura.

"Tive a oportunidade ímpar, com muito respeito e transparência, de me apresentar a vossas excelências. Sempre defendi e defenderei o cumprimento da Constituição da República e das leis. Primo pelo mais profundo respeito ao espaço constitucional, individual ou coletivo, a fim de sempre zelar pela independência e harmonia entre os poderes da República", completou.

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