Nesta sexta-feira, 29 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a 18ª fase da Operação Lesa Pátria, tendo como alvo o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes. Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), os policiais estão cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao militar.
Ridauto Lúcio Fernandes é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde durante a gestão de Eduardo Pazuello, de quem é próximo. Ele foi nomeado para o cargo em julho de 2021 e permaneceu até o final do governo Jair Bolsonaro.
Sua nomeação ocorreu para substituir Roberto Dias Ferreira, que foi exonerado após ser acusado de solicitar propina para facilitar a assinatura de um contrato para a compra de vacinas contra a Covid-19 durante a pandemia.
Enquanto estava na ativa, Ridauto integrou as Forças Especiais do Exército. O general foi um dos militares que visitaram na prisão o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. À época, Ridauto afirmou que era uma visita “pessoal”.
Só um mandado de busca e apreensão foi cumprido no Distrito Federal nesta 18ª fase da Operação Lesa Pátria. Ridauto aparece em filmagens do 8 de Janeiro. De blusa do Brasil, Fernandes disse, na época, que estava “arrepiado” com a invasão e criticou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por ter atirado bombas de gás lacrimogêneo nos terroristas. O general também já defendeu, em suas redes sociais, um golpe de Estado e disse que “morreria e mataria” pelo Brasil.