Lessa revela que irmãos Brazão monitoraram outros políticos do PSOL além de Marielle

A delação de Lessa trouxe à tona detalhes sobre os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson, o valor que receberia pelo crime e o destino da arma usada

Chiquinho Brazão (à esquerda), Marielle Franco (centro) e Domingos Brazão (à direita) | Montagem/MeioNews
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Em delação homologada pelo STF, Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco e Anderson Gomes, revelou que o plano de espionagem do PSOL envolvia mais políticos além da vereadora. Segundo Lessa, os irmãos Brazão infiltraram Laerte Silva de Lima e Erileide Barbosa da Rocha no partido, ambos ligados à milícia de Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio. Lessa afirmou que a infiltração visava obter informações sobre diversos membros do PSOL, incluindo Marcelo Freixo, Renato Cinco e Tarcísio Motta.

Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco - Foto: Reprodução

Espião infiltrado no PSOL

Durante o depoimento, Lessa declarou que Domingos Brazão havia colocado Laerte como espião no PSOL. “Ele falava sempre do Marcelo Freixo. Falava do Renato Cinco. Tarcísio Motta... demonstrava um interesse diferenciado por essas pessoas do PSOL”, disse Lessa. Marcelo Freixo classificou Ronnie Lessa como um "psicopata", destacando sua falta de respeito pela vida e seu histórico de crimes. Freixo enfatizou a conexão entre crime, polícia e política no Rio de Janeiro.

DETALHES SOBRE O PLANEJAMENTO DA MORTE

A delação de Lessa trouxe à tona detalhes sobre os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson, o valor que receberia pelo crime e o destino da arma usada. O PSOL expulsou Laerte e Erileide do partido em dezembro de 2020, após descobrir sua real atuação como infiltrados. Em nota, o PSOL reiterou seu compromisso com a justiça até que todos os envolvidos no assassinato sejam julgados e condenados.

Laerte da Silva Lima e a esposa se filiaram ao Psol no ano de 2017 — Foto: Reprodução

animosidade contra Marielle

O relatório da Polícia Federal sugere que Laerte pode ter "sobrevalorizado ou inventado informações" para justificar sua atuação como espião. Este comportamento teria exacerbado a animosidade contra Marielle e outros membros do PSOL, culminando em reações violentas como a de Chiquinho Brazão após a vereadora se opor a um projeto de lei dele na Câmara do Rio. Laerte, miliciano preso em 2019 e novamente em 2023, era um dos principais operadores da milícia de Rio das Pedras, envolvido em extorsões e agiotagem, atividades essenciais para a organização criminosa.

Para mais informações, acesse meionews.com

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