Nesta terça-feira (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instou as pessoas endividadas a buscarem os bancos para renegociar seus débitos no contexto do Programa Desenrola Brasil, sediado em Brasília. Em colaboração com organizações da sociedade civil, instituições bancárias e outros credores, o governo federal promoverá amanhã (22) o "Dia D - Mutirão Desenrola", uma iniciativa destinada a impulsionar as renegociações de dívidas e expandir o alcance do programa.
“Não tenha medo, não tenha vergonha de conversar com alguém sobre sua dívida. Procure o banco e discuta com seriedade que você vai sair do banco de cabeça erguida, com o nome limpo na praça”, disse durante o programa semanal Conversa com o Presidente.
Para a ação do mutirão, os bancos irão estender os horários de atendimento em algumas de suas agências, conforme suas políticas internas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou de uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Lula, o Desenrola oferece um desconto médio de 83% na dívida, podendo atingir até 99%.
Além das dívidas comerciais, aproximadamente 1,2 milhão de estudantes ou graduados em situação de inadimplência com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) também têm a oportunidade de renegociar suas dívidas, podendo alcançar descontos de até 99%. Os devedores devem procurar a agência do banco responsável pelo financiamento para obter mais informações.
SEGUNDA ETAPA
Nessa segunda-feira (20), o Programa Desenrola Brasil entrou numa nova fase. A Faixa 1 do programa, destinada à renegociação de devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), passará a renegociar dívidas de até R$ 20 mil.
Débitos de R$ 5.000,01 a R$ 20 mil - após a atualização dos valores - poderão ser refinanciados até 30 de dezembro. Após esse prazo, os descontos serão mantidos, mas a dívida só poderá ser quitada à vista. A Faixa 1 abrange dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.
(Com informações da Agência Brasil)