Segundo informações divulgadas pelo portal do Orçamento Federal, o governo destinou a impressionante quantia de R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares em um único dia. Essa alocação financeira ocorreu na terça-feira (30), que coincidiu com a votação do projeto do marco temporal e também havia a expectativa de votar a medida provisória que reorganiza a Esplanada dos Ministérios.
Até a segunda-feira (29), o governo já havia liberado R$ 3,16 bilhões em emendas parlamentares. No entanto, até o dia 30, esse valor aumentou para R$ 4,87 bilhões. Além disso, em comparação com o fim da semana anterior, houve uma liberação adicional de R$ 100 milhões destinados à bancada do PT na Câmara.
Os deputados do PSD receberam um benefício de 190 milhões de reais. Já a bancada do PL foi contemplada com mais de 250 milhões de reais em emendas parlamentares. Os deputados do PP, partido do presidente Arthur Lira, destinaram 175 milhões de reais para suas bases. Além disso, os deputados do partido União Brasil direcionaram 98 milhões de reais para suas respectivas regiões.
- Liberação até 30 de maio
Deputados por bancada:
PT - R$ 496.401.315
PSD - R$ 402.509.450
PL - R$ 424.166.323
PP - R$ 375.284.164
União - R$ 310.814.534
MDB - R$ 281.935.425
REP - R$ 310.812.406
Liberações até 26 de maio
Deputados por bancada:
PT - R$ 346.199.778,40
PSD - R$ 234.820.051,60
União - R$ 212.076.374,40
PP - R$ 199.252.244,20
MDB - R$ 176.542.448,90
A distribuição de emendas acontece momentos antes da medida provisória (MP) que reestrutura a Esplanada dos Ministérios está sendo alvo de intensas negociações entre o governo e o Congresso. Para evitar que a MP perca sua validade, ela precisa ser votada até esta quinta-feira (1º). O texto da MP prevê a criação de ministérios, incluindo o Ministério dos Povos Indígenas, e redefine as funções entre as pastas. No entanto, se a votação não ocorrer dentro do prazo estabelecido, todas as medidas contidas na MP deixarão de ter validade.
Nesta quarta-feira (31), penúltimo dia do prazo, o governo intensificou suas articulações tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado para garantir a análise e votação do texto. No entanto, tem enfrentado resistência e insatisfação de alguns parlamentares.