Nesta segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma analogia, afirmando que "cachorro que late não morde", ao abordar o incidente envolvendo um fazendeiro do Pará. Na semana passada, o fazendeiro foi preso pela Polícia Federal após ameaçar "dar um tiro" no chefe do Executivo. Segundo informações, o suspeito teria realizado pesquisas para descobrir o hotel onde o presidente se hospedaria durante sua agenda na região.
“Cachorro que late não morde. Qualquer cidadão que ficar fazendo bravata na rua, [dizendo] ‘Eu mato’, ‘Eu pego’, ‘Eu bato’, ‘Eu atiro’, ele vai ser chamado à delegacia para dar depoimento. As pessoas têm o direito de falar a bobagem que quiserem, mas não têm direito de ofender os outros”, afirmou o presidente na inauguração de uma infovia em Santarém (PA).
Na cerimônia, o presidente reclamou que a sociedade está muito polarizada e que é preciso que todos respeitem divergências. “A democracia é uma coisa muito complicada. Temos que aprender a conviver com adversidade. Ninguém é obrigado a gostar do Lula. O que estamos pedindo é o que a democracia exige, que a gente aprenda a respeitar o pensamento do outro, aqueles que não pensam igual à gente.”
O fazendeiro foi detido pela Polícia Federal após ser acusado de fazer pesquisas com o objetivo de descobrir o hotel onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se hospedaria em Santarém. O incidente ocorreu na quarta-feira (2), quando o homem estava comprando bebidas em uma loja. Na ocasião, ele teria feito ameaças, dizendo que "daria um tiro na barriga do presidente" e ainda perguntou a outros clientes do estabelecimento se tinham informações sobre a hospedagem de Lula na região.
Conforme a PF, ele pode responder pelos crimes de ameaça e incitação a atentado contra pessoa por motivos políticos ou preparo dele.