Contrário ao voto impresso, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) apontou, durante debate com o ministro Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que a proposta de trazer o voto impresso pode trazer insegurança e intranquilidade.
"Trazer o voto impresso, nós só traríamos insegurança, intranquilidade. Imagine um papelzinho que está dentro de uma urna, impresso aquele voto ali, e você ter que apurar no Brasil inteiro 150 milhões de votos. Isso é impraticáve.Nós vamos montar bancas apuradoras com essas cedulazinhas, e vai escapar para um lado, vai escapar para o outro, vai trazer uma intranquilidade geral", apontou.
Zenaide Maia (Pros-RN) lembrou de fraudes que ocorriam quando o voto era por cédulas de papel.
"Eu acho que esse voto impresso não vai somar nada. Quando eu era já adolescente, quando abriam as urnas, somava um; quando saía o resultado, no cartório eleitoral, saía diferente", lembrou.
Mulheres
Outro tema que recebeu a atenção de senadores e convidados durante a sessão foi a baixa representatividade feminina na política. Entre as sugestões está a reserva de vagas não apenas para candidaturas, mas também nas cadeiras nas câmaras municipais, assembleias e na Câmara dos Deputados. Zenaide Maia apontou que as mulheres são mais da metade da população e também do eleitorado, mas a participação feminina na política é muito baixa.
Para tentar corrigir o problema, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) defendeu a aprovação da PEC 18/2021, para assegurar na Constituição a destinação de 30% do fundo eleitoral para candidaturas femininas. O senador é o primeiro signatário da proposta. Hoje, a determinação está prevista em resolução do TSE.
Fake News
O senador Paulo Rocha (PT-PA) apontou que e deputados e senadores precisam acabar com as distorções que ajudaram a eleger candidatos por meio de fake news nas eleições de 2018.
"Eu acho que os resultados eleitorais últimos sofreram algumas distorções. O resultado, inclusive, do presidente da República, considero uma dessas distorções, influenciada talvez pelas novas tecnologias, chamada redes sociais e todo o direito de usar as fake news, os computadores, etc. Eu acho que a nossa legislação tem que se adaptar a esse novo momento, para assegurar exatamente que chegue nas urnas a vontade do povo", avaliou.