Entre as muitas mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), uma em particular tem sido vista como uma pista crucial para rastrear os financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Nesse diálogo, Cid oferece ao major Rafael Martins de Oliveira um auxílio financeiro de R$ 100 mil para custear a ida de um grupo para Brasília, visando manifestações bolsonaristas.
As mensagens indicam que esse "grupo" era composto por "kids pretos", uma tropa de elite do Exército especializada em missões confidenciais de alto risco. Cid esclareceu em depoimento que recorreu a Braga Netto para conseguir o dinheiro, e o general orientou a buscar recursos junto ao PL.
A Polícia Federal (PF) voltou sua atenção para Braga Netto e o partido, pois acredita-se que o general desempenhou um papel central na organização dos ataques de 8 de janeiro. Parte da investigação busca descobrir quem financiou a viagem dos "kids pretos" a Brasília, pois suspeita-se que eles orientaram os invasores.
As mensagens também sugerem que os auxiliares de Bolsonaro contavam com os "kids pretos" para diversas atividades, incluindo organização de atos e disseminação de fake news. A PF espera encontrar provas no computador de Braga Netto de que o general coordenava a captação de recursos para o golpe.
As investigações mostram que entre novembro e dezembro de 2023, Cid e outros militares realizaram reuniões com os "kids pretos" em salões de festas na Asa Sul de Brasília. Rafael Martins de Oliveira era o principal interlocutor de Cid nessas estratégias. A distribuição de recursos para essas atividades é uma peça chave para avançar nas investigações dos responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro.
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