O ministro Marcelo Queiroga será ouvido na CPI da Pandemia nesta terça-feira, 8. Será a segunda vez que o ministro comparece ao Senado para falar à Comissão Parlamentar de Inquérito. A convocação do ministro foi antecipada pelos senadores depois que o Brasil resolveu sediar a Copa América.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros, disse nesta segunda-feira, 7, volta porque deixou a desejar no primeiro depoimento, por não deixar claro as políticas públicas de combate à Covid-19 e também não teve coragem de se manifestar sobre nenhuma manifestação do presidente da República. "Ele demonstrou não ter autonomia para montar a equipe", disse.
O senador Renan Calheiros confirmou a carta que enviou à Comissão Técnica da Seleção Brasileira e aos jogadores para que não disputem a Copa América, competição que já foi rejeitada pele Argentina e Chile.
Segundo Renan Calheiros, no dia 5 de junho, a vacinação dos brasileiros tinha atingido somente 10,77% dos brasileiros. Portanto, o País não está em condições de sediar a Copa América.
A nova convocação do ministro Queiroga gerou discussão entre os senadores. Marcos Rogério (DEM-RO) vê a convocação do ministro como um “ato político” e lamentou que o ministro tenha que interromper suas atividades à frente da pasta para voltar à CPI.
"O que se vê são teorias. Todos ali conhecem como funciona a administração em relação a nomeações. O ato administrativo é discricionário. Não há nenhum elemento novo no sentido de condenar o governo", disse o senador Marcos Rogério.
Para o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), a reconvocação de Marcelo Queiroga é uma atitude “protelatória” para que a CPI não investigue governos estaduais.
O retorno de Queiroga já havia sido aprovado antes mesmo do anúncio da Copa América e do depoimento de Luana Araújo. Para Humberto Costa (PT-PE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), autores de outros requerimentos, o primeiro depoimento de Marcelo Queiroga foi contraditório.