
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu liberdade provisória a Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, conhecido bolsonarista que estava detido desde julho do ano passado. Sua prisão ocorreu após ameaçar "caçar" o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros do STF. Mensagens encontradas no celular do bolsonarista mencionaram a ideia de "estourar bombas no DF" e uma possível "luta armada" contra a esquerda.
A decisão de Moraes inclui a obrigação de Ivan Pinto utilizar tornozeleira eletrônica, comparecer todas as segundas-feiras ao juízo de execução penal, proibição de sair do país, posse de arma e uso das redes sociais.

Antes de sua prisão, Ivan desafiou Moraes em vídeos nas redes sociais, ironizando as ameaças feitas aos ministros do STF, a Lula, à deputada Gleisi Hoffmann (PT) e ao deputado Marcelo Freixo (PSB). Após a prisão, o bolsonarista afirmou que a esquerda estava "desesperada" e desafiou novamente Moraes.
Prisão preventiva
As investigações da Polícia Federal (PF) levaram Moraes, em agosto de 2022, a converter a prisão temporária de Ivan em preventiva, indicando suspeitas de que o bolsonarista integrasse uma organização criminosa com o objetivo de atentar contra o Estado Democrático de Direito.
Ao analisar vídeos e interações nas redes sociais, a PF encontrou indícios de que Ivan planejava atos violentos, especialmente durante manifestações entre agosto e setembro, período em que bolsonaristas aguardavam intervenções golpistas de Jair Bolsonaro (PL) contra as instituições.
A PF também identificou mensagens que mencionam um atentado a bomba no Distrito Federal, indicando a possível cooptação de terceiros para atos violentos contra o STF.
A corporação, ao pedir a prisão preventiva de Ivan Rejane Pinto, alertou que ele incentiva seguidores a adotar uma "luta armada" contra a esquerda e instituições democráticas, podendo promover a adesão de pessoas às condutas violentas propostas. O bolsonarista chegou a falar em guerra, afirmando que pessoas "vão morrer de ambos os lados", pregando a morte de pessoas de esquerda.
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