No domingo (25), o Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, declarou que, dada a sua natureza complexa, a reforma tributária é inevitavelmente um assunto que não alcançará unanimidade entre aqueles afetados pelo texto. "Será desastroso para algum município ou Estado? Não. O Congresso tem responsabilidade e o Executivo tem responsabilidade da proteção", emendou. O ministro participou de entrevista ao programa Canal Livre.
O Ministro também expressou otimismo quanto à votação do texto no Congresso Nacional, destacando que a reforma tributária é uma necessidade para o país. Quando questionado sobre a insatisfação do setor de serviços em relação ao relatório da matéria, o ministro mencionou que o setor precisará passar por uma transição e chegar a um entendimento. Além disso, ele ressaltou que, na visão do Congresso, a sociedade não deseja ampliar ainda mais a carga tributária.
Wellington Dias também expressou críticas à decisão de manter a taxa de juros em 13,75% ao ano durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo ele, os juros "devem baixar" em breve por conta dos dados positivos da economia. Além disso, a previsão do governo é que o novo arcabouço fiscal seja aprovado até o fim do semestre. "Sinal que o Brasil percebe que alguma coisa precisa ser feita."
Governador Rafael Fonteles defende Reforma Tributária
Na última quinta-feira (22), o governador Rafael Fonteles marcou presença em Brasília, onde participou de uma reunião do Fórum dos Governadores do Brasil. O encontro teve como foco principal a discussão em torno do texto da reforma tributária atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados. Durante a reunião, o governador reiterou seu apoio ao projeto.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, também esteve presente e anunciou que o texto passará por ajustes e será amplamente debatido antes da votação em Plenário, prevista para a primeira semana de julho. Durante entrevista concedida à imprensa nacional, Rafael destacou o empenho do presidente Arthur Lira em abrir diálogo com os governadores e discutir os pontos em divergência do texto.
"Quero cumprimentar o presidente Arthur Lira por essa posição firme de pautar o debate e ultimar, apresentando, inclusive, quando vai ser discutido em Plenário. Os governadores fizeram um esforço com seus secretários de Fazenda para tentar consensual a maioria dos pontos e, obviamente, ainda há pontos de divergência que só serão superados no momento do debate do texto em plenário”, destacou Fonteles.